Carioca,
solteiro e sem filhos, Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado
na madrugada deste domingo (18) na Indonésia — tarde de sábado no horário de
Brasília —, depois de passar mais de uma década no corredor da morte por
tráfico de drogas.
Segundo a emissora local TV One, a execução do brasileiro e
de outros cinco condenados por tráfico de drogas aconteceu à 00h30, 15h30 do
sábado no Brasil.
A morte também foi confirmada por um porta-voz da
Procuradoria Geral do país à BBC Indonésia.
O Ministério de Relações Exteriores do Brasil ainda não
confirmou a execução, realizada por fuzilamento. A assessoria de imprensa do
Itamaraty informou, por meio de nota, que, nas primeiras horas da manhã de
domingo (noite de sábado no Brasil), as autoridades indonésias terão um
encontro com advogados e familiares das vítimas.
Por volta das 16h45 de Brasília, o advogado Bart Stapert,
que representava o holandês Ang Kiem Soei, fuzilado junto ao brasileiro,
informou pelo Twitter que a equipe médica ainda estava "tratando" os
corpos e que o acesso aos condenados ainda não tinha sido permitido.
Tráfico
de drogas
O brasileiro, que trabalhava como instrutor de voo livre,
foi preso em agosto de 2003 após tentar entrar no país, pelo aeroporto de
Jacarta, com 13,4 kg de cocaína escondidos em uma asa delta desmontada.
Amigos dizem que tudo começou após o brasileiro sofrer um
acidente de voo na Indonésia. O longo período de internação hospitalar teria
rendido uma dívida de mais de R$ 100 mil para o instrutor, e transportar drogas
seria a forma que ele encontrou para pagar essa conta.
Do R7, com agências internacionais
A
Indonésia tem uma das leis antidrogas mais rígidas do mundo, incluindo a pena
de morte para o crime de tráfico. Quem for pego com mais de cinco gramas de
droga pode ser condenado à morte. A lei não prevê exceções para estrangeiros.
O
novo presidente do país, Joko Widodo, afirmou em dezembro, poucas semanas
depois de assumir o cargo, que não haverá mudanças na legislação e que as
pessoas que estão no corredor da morte não serão perdoadas. O ministro da
Justiça, Yasonna Laoly, disse que o presidente ordenou às autoridades para que
ajam de forma "firme e forte" contra os traficantes. "O problema
das drogas é uma emergência nacional", justificou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário