Editorial deste fim de
semana da revista Veja, agora comandada por André Petry, sinaliza que a Abril
está ciente de que a oposição não tem os votos necessários para consumar o
golpe contra a democracia que vem sendo conduzido pela aliança entre os
“moralistas” do PSDB e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ); mais do que isso,
Veja diz que a presidente Dilma Rousseff tem razão ao dizer que Cunha instalou
o processo por “vingança”, o que já bastaria para anular o processo, e diz que a
oposição errou ao se aliar ao presidente da Câmara; “Desmoralizado por propinas
e contas secretas na Suíça, Cunha, com sua presença, contamina a lisura do
impeachment.”
A revista Veja, agora,
conduzida pelo jornalista André Petry, publica um surpreendente editorial neste
fim de semana, em que aponta os seguintes elementos:
1)
O impeachment não passará na Câmara dos Deputados.
2)
Não há lisura no processo que vem sendo conduzido na casa.
3)
Eduardo Cunha abriu o processo por vingança, confirmando o que vem sendo dito
tanto pela presidente Dilma Rousseff como pelo ministro José Eduardo Cardozo.
Eis
alguns trechos:
“Desmoralizado por
propinas e contas secretas na Suíça, Cunha com sua presença, contamina a lisura
do impeachment.”
“Faz parecer, como alegam
petistas e sequazes, que a corrupção é apenas um pretexto para tirar Dilma do
poder. Pior: deu ao governo a chance de alegar, com razão, que o processo de
impeachment só foi instalado na Câmara por um ato de ‘vingança’ de Cunha.
Brasília inteira sabe que, de fato, o deputado se revoltou com a recusa do PT
em preservar seu pescoço da guilhotina na comissão de ética.”
“Cunha é o aliado errado.
Se, por algum infortúnio, o impeachment de Dilma não prevalecer na Câmara, os
políticos que aceitaram a aliança com Cunha talvez tenham algo a dizer aos
milhões de cidadãos que lamentarão a derrota”.
Veja sabe que o golpe para
o qual ela própria contribuiu não passará. E agora busca um culpado.
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