Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva |
O advogado do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-primeira dama Marisa Letícia
afirmaram em nota que as conclusões do relatório do delegado da Polícia Federal
Marco Antonio Anselmo que indiciou nesta sexta-feira (26 Lula, Marisa e mais
três pessoas por crimes como corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro
"tem caráter e conotação políticos e é, de fato, peça de ficção".
Segundo o advogado
Cristiano Zanin Martins, o relatório parte de falsas premissas e contem erros
jurídicos. A defesa de Lula repudiou veementemente o indiciamento de seus
clientes. Ele acusa o delegado responsável pelo inquérito de não ser isento
para fazer a investigação.
O indiciamento foi
protocolado no sistema eletrônico da Justiça Federal, no Paraná, no início
desta tarde. Os cinco são investigados por supostas irregularidades na
aquisição e na reforma de um apartamento tríplex do Edifício Solaris, no
Guarujá, no litoral de São Paulo, e no depósito de bens do ex-presidente.
Segundo o advogado de
Lula, "o relatório não parte de fatos, mas, sim, de ilações ou
suposições". Ele afirma que a peça não tem respaldo jurídico. "Lula e
sua esposa não são proprietários do imóvel que teria recebido as melhorias; não
são funcionários públicos, que é a premissa do crime de corrupção passiva; Lula
não participou da contratação indicada no relatório, de forma que o relatório
pretende lhe atribuir a prática de um crime sem que ele tenha qualquer
envolvimento (responsabilidade objetiva, estranha ao Direito Penal)".
A defesa diz ainda que
Lula e sua esposa não receberam qualquer bem, valor ou direito da OAS que seja
proveniente de desvios da Petrobras e muito menos tinham conhecimento da
suposta origem ilícita desses valores.
O advogado diz ainda que a
peça tem motivação política porque, segundo ele, o delegado Marcio Adriano
Anselmo "tem histórico de ofensas a Lula nas redes sociais e já expressou
publicamente sua simpatia por campo político antagônico ao ex-presidente".
Fonte: blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2016
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