Os ministros da Primeira
Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram nesta terça-feira (25) que o
goleiro Bruno deve voltar para a prisão. A decisão foi tomada por 3 dos 5
ministros que compõem o colegiado: Alexandre de Moraes, relator do caso, Luiz
Fux e Rosa Weber.
Marco Aurélio Mello, que
havia concedido liberdade ao ex-jogador, também faz parte da Primeira Turma,
mas foi voto vencido. O caso foi ao plenário do colegiado para que os outros
ministros referendassem ou não a decisão dele. O ministro Luís Roberto Barroso,
que também faz parte, está em viagem e não participou da sessão.
Condenado a 22 anos e três
meses de prisão pelo assassinato da amante Eliza Samudio, em 2010, ele está
solto desde o último dia 24 de fevereiro após um habeas corpus concedido pelo
ministro Mello.
Antes, ele estava preso na
Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), Santa Luzia, na
região metropolitana de Belo Horizonte.
Embora tivesse sido
condenado em primeira instância em 2013, ainda aguardava, quase quatro anos
depois, a análise de recurso pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Quando concedeu a soltura,
há dois meses, o ministro Marco Aurélio argumentou que Bruno não poderia seguir
encarcerado com base em prisão preventiva sem julgamento da apelação em segunda
instância. Por isso, decidiu que ele poderia recorrer em liberdade.
“A esta altura, sem culpa
formada, o paciente está preso há 6 anos e 7 meses. Nada, absolutamente nada,
justifica tal fato”, disse Marco Aurélio, ressaltando que a detenção de Bruno
continuava sendo de natureza provisória.
Futebol
Após ser solto, Bruno
voltou ao futebol profissional no início do mês, após ser contratado pelo Boa
Esporte, de Uberlândia. Sua última partida tinha acontecido em junho de 2010,
pelo Flamengo.
A contratação do goleiro
Bruno dividiu os moradores de Varginha. Enquanto alguns apoiam, outros
demonstraram ser contra. Um grupo de mulheres moradoras de Varginha organizou
um ato de repúdio contra a contratação no dia da sua apresentação pelo clube
mineiro.
Com a repercussão negativa
da contratação do jogador, vários patrocinadores deixaram o Boa Esporte, entre
eles a fornecedora de material esportivo. Embora o Boa ainda jogue com as
camisas confeccionadas pela Kanxa, a marca da empresa não aparece mais.
Bruno, porém, contou com
um incentivo especial na estreia. Alguns familiares do goleiro marcaram
presença no estádio Dilzon Melo, em Varginha. Eles levaram uma faixa de
incentivo ao goleiro, com a inscrição “Somos todos Bruno”. Em cada tempo da
partida a faixa ficou em um setor da arquibancada, sempre próxima ao gol
defendido por Bruno. Fonte:
edenevaldoalves.com.br
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