Os policiais militares
Aldenes Carneiro da Silva, José Marcondi Evangelista e Ulisses Francisco da
Silva foram condenados a 96 anos de reclusão por ter obrigado 17 adolescentes a
pular no Rio Capibaribe, em 2006 provocando a morte de Zinael de Souza da
Silva, 17 anos, e Diogo Rosendo Ferreira, 15, por afogamento. O soldado Irandi
Antônio da Silva foi absolvido, conforme era esperado, já que o Ministério
Público entendeu que ele não estava no momento que os adolescentes foram
obrigados a pular. O julgamento durou três dias.
Apesar da setença, os
condenados vão esperar em liberdade o julgamento da apelação da defesa, que
recorreu em plenário. Eles vão cumprir
pena na penitenciária Barreto Campelo.
A mãe de Diogo, Maria do
Carmo Araújo, acha que a Justiça foi feita. "Foi justo que o outro fosse
absolvido", revelou. Já a mãe de Zinael, Zileide Souza, lamentou que os
condenados não sigam direto para a penitenciária.
Julgamento do tenente
O tenente Félix, que teria
comandado as agressões, será julgado no dia 14 de julho. Ele é acusado por nove
tentativas de homicídio e pelos dois homicídios ocorridos.
Relembre o caso
Um grupo de 17
adolescentes foi abordado por duas viaturas da Polícia Militar, sendo uma do
Batalhão de Radiopatrulha e outra do 16º BPM, nas imediações do Cais de Santa
Rita. Os rapazes seguiam para o Marco Zero, onde iriam brincar carnaval. Na
época, eles contaram que foram colocados dentro das viaturas, circularam por
várias ruas da cidade e depois foram levados para as imediações do Fórum do
Recife, em Joana Bezerra. Lá, os adolescentes disseram ter sido espancados de
cassetetes, foram agredidos com tapas e depois obrigados a entrar na maré. Como
não sabiam nadar, Diogo e Zinael morreram afogados. Os outros garotos
conseguiram sobreviver. Familiares das vítimas afirmaram que os meninos foram
confundidos com um grupo que estava realizando furtos no Bairro do Recife.
Com informações da repórter Larissa Rodrigues, do Diário de Pernambuco.
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