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sábado, 23 de maio de 2015

Decisão » Julgamento termina e PMs são condenados a 96 anos.


Os policiais militares Aldenes Carneiro da Silva, José Marcondi Evangelista e Ulisses Francisco da Silva foram condenados a 96 anos de reclusão por ter obrigado 17 adolescentes a pular no Rio Capibaribe, em 2006 provocando a morte de Zinael de Souza da Silva, 17 anos, e Diogo Rosendo Ferreira, 15, por afogamento. O soldado Irandi Antônio da Silva foi absolvido, conforme era esperado, já que o Ministério Público entendeu que ele não estava no momento que os adolescentes foram obrigados a pular. O julgamento durou três dias.

Apesar da setença, os condenados vão esperar em liberdade o julgamento da apelação da defesa, que recorreu em plenário.  Eles vão cumprir pena na penitenciária Barreto Campelo.

A mãe de Diogo, Maria do Carmo Araújo, acha que a Justiça foi feita. "Foi justo que o outro fosse absolvido", revelou. Já a mãe de Zinael, Zileide Souza, lamentou que os condenados não sigam direto para a penitenciária.

Julgamento do tenente

O tenente Félix, que teria comandado as agressões, será julgado no dia 14 de julho. Ele é acusado por nove tentativas de homicídio e pelos dois homicídios ocorridos.

Relembre o caso

Um grupo de 17 adolescentes foi abordado por duas viaturas da Polícia Militar, sendo uma do Batalhão de Radiopatrulha e outra do 16º BPM, nas imediações do Cais de Santa Rita. Os rapazes seguiam para o Marco Zero, onde iriam brincar carnaval. Na época, eles contaram que foram colocados dentro das viaturas, circularam por várias ruas da cidade e depois foram levados para as imediações do Fórum do Recife, em Joana Bezerra. Lá, os adolescentes disseram ter sido espancados de cassetetes, foram agredidos com tapas e depois obrigados a entrar na maré. Como não sabiam nadar, Diogo e Zinael morreram afogados. Os outros garotos conseguiram sobreviver. Familiares das vítimas afirmaram que os meninos foram confundidos com um grupo que estava realizando furtos no Bairro do Recife.

Com informações da repórter Larissa Rodrigues, do Diário de Pernambuco.


Rudolf von Ihering“A justiça tem numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na outra a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal, a balança sem a espada é a impotência do direito.”
―Rudolf von Ihering

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