Todos os mais de 95 milhões de cartões de crédito administrados pelo Bradesco serão beneficiados
São Paulo O Bradesco anunciou ontem a redução da taxa
de juros dos seus cartões de crédito com bandeiras Visa, American
Express, ELO e Mastercard. A taxa máxima do crédito rotativo caiu 54%,
passando de 14,9% para 6,9%. As taxas de juros para parcelamentos nos
cartões caíram de 8,9% para 4,9%, na máxima. Em nota distribuída pela
instituição, o diretor executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, destacou
que o banco decidiu fazer a redução de forma horizontal, impactando
todos os clientes. As novas taxas do rotativo, de saque, parcelamento do
emissor e parcelamento da fatura dos cartões de crédito entram em vigor
em 1º de novembro. Todos os mais de 95 milhões de cartões administrados
pelo Bradesco serão beneficiados com essas reduções de taxas de juros. O
volume de faturamento deles representa R$ 49 bilhões por ano.
Segundo
levantamento da Anefac, o juro no cartão de crédito era o mais alto
entre todas as modalidades de crédito pesquisadas FOTO: LUCS DE MENEZES
Medida deve ser seguida
A redução dos juros anunciada pelo Bradesco, deve ser seguida por outros bancos. Na avaliação de especialistas, o movimento será similar ao verificado no 1º semestre, quando os bancos reduziram as taxas de juros de diversos produtos em sequência. Ontem, o HSBC informou que está estudando a possibilidade de reduzir os juros no cartão. Já o Santander disse que avalia "o atual cenário de queda das taxas". A Caixa Econômica, que já reduziu os juros do cartão, afirmou que "está sempre precificando seus produtos para, caso haja margem, repassar ao cliente melhores condições". "O anúncio do Bradesco deve mexer com o mercado. É provável que tenhamos nos próximos dias outros bancos anunciando queda nos juros", disse Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). As sucessivas reduções da taxa básica de juros no País não foram suficientes para baixar as taxas do cartão de crédito. No último levantamento da Anefac, referente a agosto, elas estavam em 10,69% ao mês, o mesmo patamar verificado há 33 meses. Era o juro mais alto entre todas as modalidades de crédito pesquisadas. Para se ter uma ideia da diferença entre as taxas, em agosto, o juro médio para pessoa física foi de 6,02% ao mês, o menor patamar desde 1995, quando teve o início do levantamento. Na avaliação do vice-presidente da Anefac, a concentração do setor impede uma queda dos juros no cartão.
Bom passo
Para o economista Ênio Viana, este é um bom passo País, sendo positivo não só para os consumidores, mas também para a instituição financeira. "O Brasil é o 1º colocado no mundo em juros de taxas de cartão de crédito, sendo quatro vezes superior ao 2º. É uma distorção. A justificativa que sempre se deu é que dificilmente o banco consegue cobrar a dívida, mas o histórico de inadimplência deve diminuir com a taxa mais civilizada", diz.
Maioria ganha de R$ 500 a R$ 1 mil
Estudo da Serasa Experian mostra que o perfil dos novos usuários de cartão de crédito no País é formado na maioria por jovens da periferia, moradores da região Sudeste e pessoas com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000. O levantamento, que leva em conta o volume de consultas de Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) para obtenção do 1º cartão de crédito, mostra que no 1º trimestre deste ano 57,6% das propostas eram de consumidores nessa faixa de renda. Em 2010, essa fatia era de 51,7% e, em 2011, de 55,8%.
A pesquisa, feita com base nas informações de 300 mil CPFs de todo o Brasil, mostra ainda que a maioria dos consumidores em busca do 1º cartão continua no extrato chamado Periferia Jovem, com participação de 42% das solicitações, nível similar ao observado em 2010. Esse grupo, delineado por uma ferramenta da Serasa chamada Mosaic Brasil, é formado por jovens trabalhadores, de baixa renda e com pouca qualificação, e estudantes de periferia e famílias que recebem assistência de alguma instância de governo. "Os resultados do estudo apontam para a adoção de práticas mais sofisticadas na gestão do risco de crédito" disse o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro. Para ele, emissores terão de alterar o modelo de concessão de crédito para atender novos consumidores sem histórico de crédito e sem educação financeira.
Medida deve ser seguida
A redução dos juros anunciada pelo Bradesco, deve ser seguida por outros bancos. Na avaliação de especialistas, o movimento será similar ao verificado no 1º semestre, quando os bancos reduziram as taxas de juros de diversos produtos em sequência. Ontem, o HSBC informou que está estudando a possibilidade de reduzir os juros no cartão. Já o Santander disse que avalia "o atual cenário de queda das taxas". A Caixa Econômica, que já reduziu os juros do cartão, afirmou que "está sempre precificando seus produtos para, caso haja margem, repassar ao cliente melhores condições". "O anúncio do Bradesco deve mexer com o mercado. É provável que tenhamos nos próximos dias outros bancos anunciando queda nos juros", disse Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). As sucessivas reduções da taxa básica de juros no País não foram suficientes para baixar as taxas do cartão de crédito. No último levantamento da Anefac, referente a agosto, elas estavam em 10,69% ao mês, o mesmo patamar verificado há 33 meses. Era o juro mais alto entre todas as modalidades de crédito pesquisadas. Para se ter uma ideia da diferença entre as taxas, em agosto, o juro médio para pessoa física foi de 6,02% ao mês, o menor patamar desde 1995, quando teve o início do levantamento. Na avaliação do vice-presidente da Anefac, a concentração do setor impede uma queda dos juros no cartão.
Bom passo
Para o economista Ênio Viana, este é um bom passo País, sendo positivo não só para os consumidores, mas também para a instituição financeira. "O Brasil é o 1º colocado no mundo em juros de taxas de cartão de crédito, sendo quatro vezes superior ao 2º. É uma distorção. A justificativa que sempre se deu é que dificilmente o banco consegue cobrar a dívida, mas o histórico de inadimplência deve diminuir com a taxa mais civilizada", diz.
Maioria ganha de R$ 500 a R$ 1 mil
Estudo da Serasa Experian mostra que o perfil dos novos usuários de cartão de crédito no País é formado na maioria por jovens da periferia, moradores da região Sudeste e pessoas com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000. O levantamento, que leva em conta o volume de consultas de Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) para obtenção do 1º cartão de crédito, mostra que no 1º trimestre deste ano 57,6% das propostas eram de consumidores nessa faixa de renda. Em 2010, essa fatia era de 51,7% e, em 2011, de 55,8%.
A pesquisa, feita com base nas informações de 300 mil CPFs de todo o Brasil, mostra ainda que a maioria dos consumidores em busca do 1º cartão continua no extrato chamado Periferia Jovem, com participação de 42% das solicitações, nível similar ao observado em 2010. Esse grupo, delineado por uma ferramenta da Serasa chamada Mosaic Brasil, é formado por jovens trabalhadores, de baixa renda e com pouca qualificação, e estudantes de periferia e famílias que recebem assistência de alguma instância de governo. "Os resultados do estudo apontam para a adoção de práticas mais sofisticadas na gestão do risco de crédito" disse o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro. Para ele, emissores terão de alterar o modelo de concessão de crédito para atender novos consumidores sem histórico de crédito e sem educação financeira.
Notícia são do G1
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