Pela terceira vez em cinco dias, o Estado de São Paulo viveu de
segunda-feira para ontem nova noite de terror com uma série de
assassinatos de civis ocorridos logo após um policial militar ser morto a
tiros por criminosos. Horas depois, o Governo paulista anunciou uma
megaoperação da Polícia Militar com cerca de 15 mil pessoas a mais na
segurança do Estado e um cerco aos criminosos na Baixada Santista e na
Grande São Paulo.
Os mais recentes ataques ocorreram
na Grande São Paulo, em Taboão da Serra, onde o soldado Hélio Miguel
Gomes de Barros, de 36 anos, que estava de folga, foi assassinado com
15 tiros num posto de combustíveis. A morte ocorreu por volta das
21h50min de segunda-feira. Cerca de 30 minutos depois, dois suspeitos
de participar do ataque ao PM Barros foram seguidos por policiais
militares de Taboão até a vizinha Embu das Artes, onde foram mortos em
um alegado confronto. Nas quatro horas seguintes, outras cinco pessoas
foram assassinadas em Taboão. Os crimes foram cometidos por
desconhecidos que passaram nas ruas atirando em quem encontrassem.
Em
um dos casos, três amigos conversavam na calçada quando foram
atacados. Dois ficaram feridos e um foi morto ao tentar escapar dos
atiradores. A vítima, o autônomo Fernando Pereira de Melo, 23, ficou
espetada nas lanças das grades de um portão. Além dos mortos, seis
pessoas ficaram feridas pelas ruas de Taboão. A Polícia investiga se há
uma ligação entre esses assassinatos e a morte do PM.
As
outras séries de mortes, na quinta-feirO Povo Olinea passada no Guarujá e no
domingo em Santos e na Praia Grande, também aconteceram depois de
ataques a PM. No total, 14 pessoas foram assassinadas por desconhecidos
encapuzados em motos ou em carros. Segundo policiais, interceptações
telefônicas detectaram a existência de uma lista com nomes de 36 PMs e
de 12 policiais civis a serem mortos por criminosos da facção Primeiro
Comando da Capital (PCC).
O comandante da Polícia Militar,
coronel Roberval França, afirmou desconhecer a tal lista. Sobre o
reforço no policiamento, França declarou que ocorre em razão dos
ataques. “A PM quer demonstrar à sociedade que está respondendo aos
picos de incidências criminais”, disse. Esse reforço, de 15 mil
policiais, sendo cinco mil em cada um dos três turnos de trabalho, se
somará ao efetivo de 30 mil que já atua nas ruas todos os dias. (das agências)
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
As
mortes em São Paulo deixam ainda mais exposta a guerra entre PMs e o
crime organizado, que já havia deixado 15 mortos em cinco dias no
litoral. A onda de violência começou após o assassinato de um policial
militar em Taboão da Serra, Grande São Paulo.
O Povo Oline
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