Lula o Povo que te ver de volta na Presidência da Republica.
Edição: Carolina Pimentel*
Brasília - O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
defendeu hoje (23) o Programa Mais Médicos, lançado pelo governo
federal, que visa a levar profissionais para regiões pobres do país. O
ex-presidente disse que o assunto estava “atravessado na sua garganta" e
defendeu a contratação de médicos estrangeiros que queiram trabalhar no
Brasil, outra medida prevista no programa.
“Se os médicos brasileiros não querem trabalhar no sertão, que a gente
traga outros médicos”, disse Lula, em discurso durante o Festival da
Mulher Afro, Latino Americana e Caribenha. “Ninguém quer tirar emprego
de ninguém”, completou.
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De acordo com o ex-presidente, faltam médicos em algumas especialidades
e a solução é “importar”. Lula criticou a proposta de que os
profissionais estrangeiros tenham que passar por um exame de revalidação
do diploma para atuar no Brasil. Segundo ele, "apenas 27% dos médicos
brasileiros" são aprovados em exames aplicados por conselhos regionais
de medicina. "Se fosse a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], a maioria
não poderia exercer a medicina”, disse.
O ex-presidente comentou as manifestações que têm ocorrido no país.
Sobre uma das reivindicações dos protestos, por mais recursos para a
saúde, Lula lembrou que, durante seu governo, a oposição conseguiu
acabar com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
(CPMF), cuja arrecadação, por lei, deveria ser destinada à saúde. “Eu
sinto uma necessidade de dizer. Nós sabemos, a Dilma sabe, que é preciso
melhorar muito a saúde. Entretanto, é preciso lembrar que eles, a elite
brasileira tirou a CPMF. Isso significa, nos anos do meu mandato e do
governo da Dilma, a retirada de mais de R$ 350 bilhões da saúde”, disse
Lula.
Apesar de negar que tenha pretensão de dar “palpites” na discussão
sobre reforma ministerial e redução do número de ministérios, Lula
acredita que a presidenta Dilma não fará isso. Falando para uma plateia
repleta de mulheres e homens ligados ao movimento negro, o ex-presidente
pediu que eles ficassem alertas diante da proposta de mudanças nos
ministérios.
“Eu tô vendo na imprensa que tem gente que vai pedir para presidenta
Dilma para reduzir ministérios. Olha, fiquem espertos, porque ninguém
vai querer acabar com o Ministério da Fazenda, ninguém vai querer acabar
com o Ministério da Defesa. Eles vão querer mexer com a igualdade
racial, com direitos humanos. Eu acho que a Dilma não vai mexer. Eles
vão falar que precisa fazer ajuste, precisa diminuir. A gente não tem
que diminuir ou aumentar, tem que saber para que serve”, disse Lula.
No discurso, o ex-presidente também defendeu a reforma política e a
proposta de um plebiscito levantada pela presidenta Dilma Rousseff. Ele
voltou a dizer que a população não deve desistir da política porque a
melhor solução para o país é a democracia. Na opinião dele, a presidenta
vem sofrendo preconceito de “setores conservadores” por ser mulher, mas
continuará recebendo a ajuda dele. “Não preciso ser governo para fazer
as coisas neste país. Se eu incomodo, vou continuar incomodando, vou
continuar falando, vou continuar ajudando a Dilma”, disse.
Ele ressaltou que está “mais motivado” e que a saúde vai bem. Lula
negou que o câncer tenha voltado, conforme tem circulado informalmente
em sites na internet. Na opinião dele, quem divulga esse tipo
de informação está agindo de má-fé. “A maldade de alguns é tamanha, a
falta de caráter, que passaram a insinuar que eu estou com câncer e
metástase. Se eu detectar que o meu câncer voltou, fiquem sabendo que
vocês vão ser os primeiros a saber. Eu não vou esconder do povo
brasileiro”, disse.
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