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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Em programa político, governador de PE apresenta PSB como “novo caminho” para política.


Carolina Martins, do R7, em Brasília*
O PSB (Partido Socialista Brasileiro) inicia seu programa político, veiculado em rede nacional de televisão nesta quinta-feira (10), perguntando onde está aquele País que despertou a atenção do mundo deixando de ser devedor para ser credor, mas agora voltou a ter medo da inflação.

É a primeira vez que a ex-senadora Marina Silva aparece ao lado do governador de Pernambuco e provável candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, na televisão.

Essa foi a estratégia do presidente do partido, Eduardo Campos, para explicar porque saiu da base aliada do governo para se apresentar como alternativa a ele. A ideia é preparar o terreno para lançar sua candidatura à Presidência da República em 2014.


Evitando fazer críticas diretas, já que até o mês passado o PSB fazia parte do governo, Campos reconheceu os avanços do País nos últimos anos, mas sempre apontando problemas, indicando que pode fazer melhor. Para o presidente do PSB, o governo “já deu o que tinha que dar”.

— Tenho a certeza de que não trilhamos o caminho errado, mas temos que admitir que estamos em um caminho que já deu o que tinha que dar. Tudo o que foi feito até aqui teve o seu tempo e a sua necessidade, mas está na hora de darmos um salto adiante.


 
Para apontar os pontos fracos sem negar as melhorias que foram feitas pela equipe que tinha o seu apoio, a alternativa encontrada foi apresentar um jogral com contraponto avanços e desafios. Pessoas comuns, representando o povo brasileiro, comentam progressos na educação, por exemplo, mas lembram o alto índice de evasão escolar.

Uma das apostas do governo Dilma na área da saúde, o programa Mais Médicos, também não escapou.  No programa do PSB, uma mulher comemora a chegada de mais profissionais:

— No meu País, mais médicos estão chegando a lugares que antes eles não tinham chegado.

No entanto, imediatamente depois, um homem lembra a precariedade da infraestrutura dos hospitais.

— No meu País ainda faltam remédios, equipamentos, e as filas dos exames e das consultas não param de crescer.

É fazendo esse contraponto em outras áreas, como a qualificação profissional e a própria democracia, aproveitando a insatisfação popular que ficou evidente nos protestos que ocuparam as ruas do Brasil em junho, que Eduardo Campos aponta para a necessidade de um novo líder.

— Chega de governar se contentando em dizer que no passado já foi pior. Essa conversa já não cabe. Para começar, precisamos abandonar as velhas práticas políticas. [...] Temos que dar espaço para as novas lideranças.

Popularidade
Para reforçar a imagem do homem que vai conseguir fazer mais, Eduardo Campos apresenta no programa as melhorias realizadas em Pernambuco — Estado do qual é governador.

Campos lembra que o programa implantado para reduzir os índices de criminalidade na região metropolitana de Recife, capital pernambucana, foi premiado pela ONU (Organização das Nações Unidas). E reforça os índices positivos de aprovação de seu governo e do prefeito de Belo Horizonte (MG), o socialista Márcio Lacerda.

Lacerda derrotou, nas eleições municipais de 2010, o candidato que tinha o apoio da presidente Dilma, o petista Patrus Ananias.

Outra figura emblemática do PSB, a deputada federal Luiza Erundina (SP), também teve espaço no programa do partido. Reconhecida pela sua luta na comissão da verdade da Câmara, lutando por esclarecimento de fatos ocultos da ditadura, a parlamentar acredita que o partido tem muito a oferecer.

—Sei que todos os partidos têm problemas, mas de uma coisa estou certa: o PSB tem procurado respeitar esses princípios [ética, coerência e compromisso] seja quando governa, seja quando representa o povo no parlamento.

Aliança
O vídeo já estava pronto quando a ex-senadora Marina Silva decidiu se aliar ao PSB para a disputa eleitoral de 2014. Por isso, o programa teve de ser reformulado para incluir imagens do anúncio da aliança, feito no último sábado (5).

Trechos da entrevista coletiva, que foi concedida por Campos e Marina em Brasília, foram editados também em forma de jogral. Na ocasião, a ex-senadora fez questão de enfatizar que a aliança não estava sendo criada com o objetivo único de disputar as eleições.

— Nós não estamos pensando apenas em um projeto de governo.

E o presidente do PSB também afirmou, em seu discurso, que a união com Marina Silva abriria uma alternativa na política do País.

— Nós hoje estamos quebrando uma falsa polarização que precisa ser quebrada na política brasileira.

Nesta quinta-feira Campos e Marina se reuniram em São Paulo com alguns empresários. Na próxima terça-feira (15), os dois devem se encontrar em Recife, para uma reunião fechada.

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