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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Além da crise na segurança


Por Giovanni Sandes*

Na crise do sistema prisional sobram debates, são causas e conseqüências, respostas imediatas e soluções de longo prazo. Entre os assuntos possíveis, contudo, um soa mal resolvido, a ponto de a equipe de Paulo Câmara (PSB) dar informações contraditórias sobre a questão. Como se trata de um projeto traumático, uma recomendação saudável é conversar, discutir, até superar o bloqueio. Precisamos falar sobre Itaquitinga.

De saída, é importante deixar claro que não que se tratar de uma obra. Itaquitinga é um conceito de fazer do setor privado uma alavanca na expansão e, ao menos em tese, na qualidade do sistema carcerário. Em Minas Gerais, a ideia deu tão certo que o governo já prepara o segundo complexo prisional nessa linha. Em Pernambuco, a gestão socialista errou a mão no formato financeiro, de alto risco, embora alertado por uma consultoria. Como resultado, a empresa quebrou antes de concluir as obras, paradas há dois anos.

O principal é que, sem o complexo de Itaquitinga nunca te recebido um preso, o conceito nunca foi testado. Continua inédito no Estado. Mas o medo do desgaste político nas eleições 2014 fez o debate ser empurrado com a barriga, enquanto as obras em parte se deterioraram e o déficit carcerário cresceu. O governo se mostra disposto a resolver o assunto. Mas se posiciona de forma errática. Vai retomar a obra ou todo o conceito de Itaquitinga? Fechando no Palácio do Campo das Princesas para gerir a crise, espera-se que o governador aproveite para alinhar a equipe e decidir a questão. Vale repetir, não se trata de concluir a obra. É seguir adiante ou não com um modelo para o sistema carcerário.

Fonte: Jornal do Comercio*

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