Por
Felipe Vieira*
Um dos lugares mais
movimentados do Mercado de São José, próximo
à sede do 16º Batalhão da Polícia Militar, foi palco de uma execução em
pleno meio-dia de ontem. O Chefe de
fiscalização da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano da prefeitura,
Geovani Bezerra da Costa, 43 anos, foi assassinado com dois tiros enquanto
trabalhava na Praça Dom Vital, em frente ao mercado.
Atingido na cabeça e no
tórax, Geovani morreu no local. Segundo testemunhas, o crime foi praticado por
três homens, dois dos quais teriam simulado uma briga para chamar atenção do fiscal,
enquanto um terceiro teria atirado contra ele. O delegado Ian Campos, do
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por sua vez, afirmou que
dois homens teriam atirado e fugido, a pé, pelas instalações do Mercado de São
José. A principal linha de investigação da Polícia é de que Giovani tenha sido
morto por desavenças com comerciantes locais.
Ainda segundo o delegado,
Geovani teria prestado queixa, há cerca de um ano, relatando que estaria sofrendo ameaças por conta do trabalho de fiscalização e ordenamento do comércio informal na
área. O fiscal já tinha exercido a mesma função – chefe de equipe – por três anos, e estava de volta ao serviço há dez
dias, após ter passado seis meses em outras ocupações. Era tido como
funcionário comprometido.
No momento do crime, a
praça estava com grande movimentação, o que facilitou a fuga dos criminosos em
meio às pessoas. Geovani foi atingido ao lado de barracas de frutas e roupas
que ficam na área externa do mercado.
A lei do silêncio imperou na Praça Dom
Vital. Nem mesmo os comerciantes das barracas próximas ao local onde o fiscal
foi alvejado disseram ter visto quem eram os criminosos. Uma câmera de
monitoramento da Secretaria de Defesa Social fica posicionada no exato local
onde ocorreu o assassinato, mas tudo indica que as imagens não vão poder ajudar
a Polícia nas investigações. “As primeiras informações que temos dão conta de
que, no momento do crime, o aparelho estava voltado para outro lugar. Mesmo
assim, vamos pedir as imagens para ver se podemos identificar a fuga dos
criminosos”, diz Campos.
Fonte: Diario de Pernambuco.
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