O
Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), ONG com sede em Serra Talhada,
concluiu a construção de 450 cisternas calçadão e enxurrada nos municípios de
Flores, Quixaba, Santa Terezinha, Mirandiba e São José do Belmonte, nos Sertões
do Pajeú e Central, com financiamento da Fundação Banco do Brasil (FBB), via
Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
“Já sofremos demais com falta de água, então a cisterna
é uma obra que a gente nunca vai esquecer; que vem do céu. Agora vamos ter água
pra fazer uma horta, criar galinhas, doar para um vizinho que precisar; uma
serventia pra gente deixar de carregar água nas costas”, diz a agricultora Geane Maria
dos Santos, da comunidade Preces dos Rodrigues, em Mirandiba, que conquistou
uma cisterna enxurrada de 52 mil litros.
Além
das cisternas, o Cecor implantou o Caráter Produtivo, um incentivo em infraestrutura
para que cada família que recebe a segunda água possa iniciar ou fortalecer a
produção de alimentos e/ou criação de pequenos animais a partir da água da
cisterna. “Nós dividimos o caráter produtivo em três linhas de atuação: produção
de hortas, criação de galinha de capoeira e caprinovinocultura, possibilitando
às famílias a oportunidade para melhorar suas rendas”, explica Valdir
Vieira, técnico educacional do Cecor.
Coordenador
geral da instituição, Espedito Brito enfatiza a importância das tecnologias
sociais de captação e armazenamento de água da chuva. “A melhor estratégia para às
famílias que vivem no Semiárido enfrentarem os períodos de estiagem é armazenar
água, assim conseguem produzir alimentos e ainda gerar renda. Um processo que
envolve diversos atores e vem dando respostas às necessidades da região através
de programas como o P1+2, que além de estrutura hídrica descontrói a ideia de
que a falta de chuvas é o grande problema do Semiárido brasileiro”,
afirma.
Ele
ainda destaca a importância da Fundação Banco do Brasil apoiar o programa das
cisternas. “O apoio da FBB trás um peso maior para o P1+2, isso mostra que os
investimentos que antes eram destinados apenas aos grandes projetos, já estão
sendo aplicados em tecnologias sociais, fortalecendo essa estratégia”,
completa.
Além
da execução das cisternas, o projeto ainda fortaleceu três bancos comunitários
de sementes, três viveiros de mudas, realizou três intercâmbios interestaduais
e quatro intercâmbios intermunicipais.
Por Juliana Lima - Assessoria de Comunicação do
Cecor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário