Por Fábio
Amato
A Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta quarta-feira (22) aumento médio de
11,25% nas contas de luz de clientes da Celpe, distribuidora que atua em
Pernambuco. O reajuste começa a valer em 29 de abril.
Para a baixa tensão
(residências e comércio) atendida pela Celpe, a tarifa de energia ficará de
11,44% mais cara, na média. Já para a alta tensão (indústria), ficará 10,91%
mais cara, também na média.
Esse aumento se refere ao reajuste ordinário, que as distribuidoras têm direito e que é avaliado todos os anos pela Aneel. Em 2015, porém, devido à disparada nos custos do setor elétrico, a agência também promoveu uma revisão extraordinária das tarifas da maior parte das distribuidoras do país, que começou a valer em março.
Esse aumento se refere ao reajuste ordinário, que as distribuidoras têm direito e que é avaliado todos os anos pela Aneel. Em 2015, porém, devido à disparada nos custos do setor elétrico, a agência também promoveu uma revisão extraordinária das tarifas da maior parte das distribuidoras do país, que começou a valer em março.
Nessa revisão extra, que
na prática funcionou como um segundo reajuste anual, as contas de luz dos
clientes da Celpe já haviam sofrido aumento de 2,2%, o menor entre as 59
distribuidoras do país contempladas.
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Energia
mais cara
Os índices aprovados pela
Aneel funcionam como um teto, ou seja, o limite para o reajuste que a
distribuidora pode aplicar. A empresa tem autonomia para repassar aos
consumidores um percentual menor.
Em 2015, porém, a agência
vem autorizando reajustes altos devido ao encarecimento da energia no país nos
últimos meses, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais
hidrelétricas do país e o uso mais intenso de termelétricas (usinas que geram
eletricidade pela queima de combustíveis como óleo e gás).
O ajuste fiscal feito pelo
governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também
contribui para os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015. Isso porque o
governo decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e
ações no setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de
baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas. Em anos anteriores, o
Tesouro assumiu parte dessa fatura, o que contribuiu para alivias as altas nas
tarifas.
Mesmo assim, para os
consumidores do Nordeste e do Norte do país a conta de luz vai subir menos em
2015. Isso porque a lei prevê que a maior parte desse custo extra seja bancada
pelos consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
As distribuidoras não
lucram com a revenda de energia fornecida pelos geradores (usinas), mas sim com
o serviço de levá-la até os consumidores. Entretanto, podem repassar para as
tarifas todo o custo com a compra dessa energia.
Fonte: Do G1, em Brasília
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