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terça-feira, 19 de maio de 2015

PMs acusados de torturar e matar afogados jovens no Carnaval serão julgados no Recife.

Famílias das vítimas chegaram a realizar protestos 
pedindo justiça para o caso.

Serão julgados nesta quarta-feira (20), a partir das 9h, cinco dos oito policiais militares acusados de matar dois adolescentes e tentar assassinar, além de torturar, outros 11 jovens na terça-feira de Carnaval de 2006. O júri popular será realizado no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife. De acordo com o promotor do caso, André Rabelo, cada acusado pode ser condenado a, no mínimo, 100 anos de prisão. A estimativa é de que o juri, presidido pelo juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti, dure cerca de três dias.

O julgamento desta quarta decidirá o destino do tenente Sebastião Antônio Felix, o sargento Aldênis Carneiro da Silva e os soldados José Marcondi Evangelista, Ulisses Francisco da Silva e Irandir Antônio da Silva. Todos são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado e 11 tentativas de homicídio. Na época, os policiais estavam lotados no Batalhão de Radiopatrulha e no Serviço de Emergência 190. Os outros três soldados acusados preferiram ter seus julgamentos em momentos diferentes.

Zinael é um dos jovens que morreram 
afogados  após serem torturados 
Foto: Alexandre.
O crime que aconteceu há nove anos terminou com a morte dos jovens Zinael José Souza da Silva, na época com 17, e Diogo Rosendo Ferreira, 15 anos. A dupla estava com outros 11 amigos quando os acusados os abordaram durante o Carnaval, no Recife Antigo. Na ocasião, a polícia procurava um grupo de rapazes que estava realizando arrastões durante a festa de Momo da capital pernambucana. Durante a abordagem, os jovens foram levados em duas viaturas até a Ponte Joaquim Cardoso, nos Coelhos, onde foram espancados com cacetetes de madeira, torturados com chutes nos órgãos genitais e pedradas. Em seguida, os policiais teriam os ameaçado com armas de fogo para que eles pulassem no Rio Capibaribe.

Uma das vítimas, Diogo Resende, teria gritado que não sabia nadar e, mesmo assim, teve que se jogar na água. Os corpo dos dois jovens foram encontrados dois dias depois do crime, boiando no bairro da Torre, Zona Oeste do Recife. O Instituto de Medicina Legal (IML) atestou que a dupla morreu por afogamento. As famílias das vítimas e dos sobreviventes acionaram a corregedoria da Polícia Militar e abriram um processo criminal contra o grupo. De acordo com o promotor André Rabelo, os policiais chegaram a ser detidos e afastados das funções, mas atualmente estão em liberdade e atuando na PM.
Fonte: noticias.ne10.uol.com.br

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