Uma menina de 7 anos foi
assassinada na noite desta quinta-feira (10) com vários golpes de faca, durante
uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no
Centro de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A vítima, Beatriz Angélica Mota,
estudava no colégio e era filha de um professor de inglês da mesma instituição.
O colégio ainda não se pronunciou sobre o caso.
Segundo a Polícia Militar,
a menina foi ao evento com a mãe, Lúcia Mota, e o pai, Sandro Romildo. O
professor saiu de perto delas para participar da cerimônia. Minutos depois, a
mãe percebeu que a filha tinha sumido.
Uma testemunha que estava
na festa e que preferiu não se identificar contou o que viu. “Já perto do final da festa, quando a banda
tocava, o professor Sandro subiu ao palco, já bastante angustiado e começou a
chamar pela filha dele, perguntando: ‘Bia, minha filha, cadê você? Pessoal,
alguém achou a minha filha?'”, afirmou.
A testemunha disse que,
depois, o pai foi ao palco mais uma vez para chamar pela filha, dizendo que já
tinha procurado em todos os lugares.
“Nesse
momento, a festa parou, e todo mundo começou a deixar o centro da quadra. Foi
quando o pessoal ouviu um barulho, muitos gritos. E as primeiras pessoas que
entraram [num depósito de material] já saíram chorando e dizendo que tinham
encontrado a menina morta”, relatou.
A criança foi achada em um
local reservado, um depósito de material esportivo desativado, ao lado da
quadra de esportes onde acontecia a formatura. Ela tinha ferimentos no tórax,
membros superiores e inferiores. A polícia descartou a possibilidade de
violência sexual.
A faca usada no crime, de
tipo peixeira, foi encontrada cravada na região do abdômen da criança.
A Polícia Militar (PM),
Polícia Civil (PC), Instituto de Medicina Legal (IML) e o Instituto de
Criminalística (IC) foram acionados. A área foi isolada e foi feita uma
varredura no colégio para tentar encontrar vestígios do crime.
A delegada responsável
pelo caso, Sara Machado, informou que havia poucas crianças da mesma idade no
local e que a mãe logo percebeu a ausência da filha.
“O
crime, que infelizmente aconteceu de forma bárbara, chocou toda a população de
Petrolina”, disse Sara. Segundo ela, a Delegacia de
Homicídios já investiga o caso.
“Os
policiais estão fazendo o levantamento em relação a testemunhas, câmeras de
segurança e outros meios de provas que possam levar à elucidação do crime”,
afirmou. Câmeras de segurança do colégio, de estabelecimentos
comerciais próximos e da equipe contratada para fazer a filmagem do evento já
foram solicitadas.
A polícia apura se o
suspeito entrou pela porta principal, que dava acesso à quadra, porque o
colégio possui sensor de movimento e, se alguém tivesse pulado o muro, o alarme
teria disparado.
A delegada pediu ainda a
colaboração da comunidade para chegar ao autor do crime. “Aproveitamos para fazer um apelo às pessoas
que estavam participando do evento, que, porventura, tenham feito gravações de
aparelho celular, fotografias e todos os meios de gravação digital, que
procurem a Delegacia de Homicídio. Estaremos com uma equipe de prontidão para
analisar essas imagens e esses aparelhos não ficarão apreendidos”, disse a
delegada.
Sobre imagens de possíveis
autores do crime que circulam em redes sociais, Sara Machado diz que são apenas
boatos.
“Essas
fotografias são falsas. Não foram divulgadas pela Polícia Civil. Inclusive, a
polícia vai investigar quem está divulgando, de maneira equivocada e
precipitada, as imagens. […] Ainda não temos nomes de suspeitos”, revelou.
Segundo a delegada, a polícia não tem contado com o apoio da família nesse momento da investigação, porque todos estão em estado de choque.
Segundo a delegada, a polícia não tem contado com o apoio da família nesse momento da investigação, porque todos estão em estado de choque.
Taisa
Alencar Do G1 Petrolina
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