O futuro relativo às conseqüências
dos últimos acontecimentos violentos na cidade até então mais tranqüila e
hospitaleira do Interior de Pernambuco passou a ser uma incógnita, desde quando
no princípio de 2016 tiveram seqüenciados assassinatos, atentados, ameaças e
roubos, ao ponto da Delegacia de Polícia Civil registrar até o presente seis
homicídios, apenas dois descobertos o resto sem qualquer solução ou divulgação
de autoria.
Embora circule nos
bastidores, denúncias sobre um esquisito consórcio formado no município,
visando abater desafetos políticos e pessoais. Para quem passava mais cerca de
seis anos sem qualquer acontecimento dessa natureza, é de causar espanto na
população e indignação com o falido programa estadual "Pacto Pela
Vida.", que tenta manter a imagem de eficiente, quando se tem policias
desestimuladas, inoperantes, despreparadas e com salários defasados - os piores
do País.
A população amanheceu
ontem atônita com mais outra notícia de ação perversa desses elementos ousados
desafiando a estrutura deficiente policial local e equipes do Grupo de
Operações Especiais (GOE), que encontra-se no afetado território municipal. E a
Companhia Independente de Operações Sertão Catinga (CIOSAC), sem descobrirem
nada e muito menos evitando novos fatos acontecerem no transcorrer das
tumultuadas semanas, geralmente surgem investidas violentas em plena luz do
dia.
A mais recente
aconteceu na terça-feira, contra" Gilson do Pará", abordado por
elemento de moto e capacete, que emparelhando no veículo que conduzia o ameaçou
de morte, dizendo estar àquela altura, sua cabeça valendo a premiação de 200
mil reais, caso insistisse manter candidatura e
permanecesse em Triunfo. Na ocasião, informou que as mortes anteriores
do vereador Lucimar Feitosa, sindicalista Ediniz Gomes e atentados sofridos por
Nilson do Sindicato e o advogado Williams Terto, haviam custado a empreitada um
montante 120 mil reais.
Diante a intervenção
ameaçadora, o potencial concorrente ao Executivo - que é natural de Triunfo,
onde atuava como agricultor no ramo de plantação de verduras e hortaliças, na
região do Sítio Pará, Gilson da Silva Gomes, depois do insucesso na campanha
eleitoral para vereador no ano de 2000, transferiu-se para São Paulo, onde
tornou-se empresário crescente no setor de dedetização. Movido pelo suporte
financeiro adquirido no trabalho, passou a realizar visitas pontuais e
esporádicas, mantendo contatos políticos junto às lideranças comunitárias e
pretensiosos candidatos a vereador, imaginando disputar a prefeitura pela
oposição na desconhecida legenda do recém-criado Prós, depois do ser negado PSB
ao grupo aliado.
Resolveu temeroso reunir, toda
família às pressas cientificar o fato e decidir viajar na calada da noite -
imprimindo fuga estratégica, desistindo do sonhado intento e voltando para a capital
paulista em definitivo.
E
agora, como é que fica? Quem poderia imaginar Triunfo nessa situação?
O mesmo andava prevenido,
com colete à prova de balas e
acompanhado por dois policiais militares que atuavam como seguranças
particulares, depois das seqüenciadas mortes. No entanto abortou, por pressão
não identificada e nem sabida o seu plano: Há exatamente dois anos atrás, tomou
gosto e resolveu "botar seu bloco na rua", apostando conseguir
reverter através de conversas e negociações, o quadro adverso, favorável, aos
seguidores da administração pública; apesar de reconhecido grupo com inegáveis
divergências internas; porém com habilidade em procurar se aturar nas disputas
eleitorais, para manter firme conquistas barganhadas e vantagens negociadas,
prática comum nos grotões. Essa ala partidária sobrevive montada há décadas;
sempre denunciada por adversários pelas costumeiras práticas de supostos;
assistencialismo, paternalismo, nepotismo; modelo reinante entre figuras
conhecidas pelo pragmatismo bastante peculiar. E por realizar também diversas
obras com recursos próprios e recebidos de governos federal e estadual,
advindos da arrecadação dos contribuintes, dificultando as chances vitoriosas.
Providências necessitam ser tomadas com a máxima urgência. Não dá mais para
esperar atitudes paliativas do governador Paulo Câmara e secretariado.
Por:
Carlos Ferraz
Editor/
Triunfo – PE
opiniaotriunfodigital.blogspot.com.br
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