247 - O presidente
interino Michel Temer pretende levar ao é da letra o lema do governo de
privatizar "tudo o que for
possível". Para fazer caixa e incrementar o ajuste fiscal, a equipe de
Temer trabalha com uma lista na qual se destacam, entre outros, a abertura de
capital dos Correios e da Casa da Moeda e a venda de fatias do governo federal
em até 230 empresas do setor elétrico.
Também fazem parte do rol
de ativos a Infraero, as companhias Docas, a Caixa Seguros e o IRB Brasil.
Estes dois últimos tiveram a ofertas públicas de ações suspensas, devido à piora
nas condições do mercado.
No caso dos Correios, será
necessária a aprovação do Congresso. O primeiro passo é reestruturar o plano de
negócios da empresa, que teve prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015. Uma das
ideias é dividir as áreas em unidades, como logística e encomendas, por exemplo,
que poderão ser transferidas integralmente ao setor privado.
"A situação
financeira dos Correios está muito complicada, mas a empresa tem bons ativos e
poderá vir a ser valiosa. Primeiro, vamos ter que reestruturar o modelo de
negócios", disse um técnico da equipe econômica ao jornal O Globo.
No caso do setor elétrico,
o êxito dos leilões das hidrelétricas antigas em dezembro, que geraram R$ 17
bilhões para os cofres do governo apesar da situação adversa de um mercado
dominado pela incerteza política, serve de estímulo ao plano, segundo
interlocutores. Neste caso, a ideia é se desfazer de ativos, como linhas de
transmissão já prontas e com contratos assinados.
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