Os senadores aprovaram, na
noite desta quarta-feira (24), o relatório do líder do PT no Senado, Humberto
Costa (PE), sobre a Medida Provisória encaminhada pela presidenta Dilma
Rousseff ao Congresso Nacional que prevê a prorrogação por mais três anos do
Mais Médicos. A proposta, que segue para sanção presidencial, perderia validade
na próxima segunda-feira (29) caso não fosse apreciada.
Da tribuna do plenário,
onde defendeu a continuidade do programa, Humberto ressaltou a importância da
política pública de saúde implementada por Dilma no país e da atuação dos
médicos cubanos, que agora poderão trabalhar com segurança até 2019.
Segundo ele, a discussão
com “ranço ideológico” já deveria
ter sido superada, pois os profissionais da ilha caribenha são muito bem
formados, bem avaliados pela população brasileira, fiscalizados pelo Ministério
da Saúde e têm como tutores especialistas vinculados a universidades.
“O resultado disso tudo é
a aprovação da população. Pesquisas de opinião que já foram feitas com usuários
do SUS mostram que mais de 90% deles aprovam o programa. São essas as pessoas
que têm condição de avaliar muito melhor a atuação dos médicos cubanos. Muita
gente que fica só no discurso não sabe o efeito prático na vida de quem é
atendido”, ressaltou.
“Os golpistas não podem
desconsiderar um programa que alcança cidadãos que jamais receberam assistência
médica neste país em aldeias indígenas, áreas quilombolas e periferias de
grandes cidades. Hoje, essa população está
plenamente assistida”, comentou.
Humberto acredita que a
principal constatação de que o programa dá certo é o fato de que as denúncias
de mau atendimento ou erros médicos têm registro absolutamente mínimo no que
diz respeito ao trabalho desses profissionais.
A MP aprovada no Senado
prorroga por três anos o prazo de atuação dos médicos do programa contratados
por meio de intercâmbio. Os cubanos atuam no Brasil por intermédio de uma
parceria do Governo Federal com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
O Mais Médicos foi criado
por Dilma em julho de 2013 e dispõe, hoje, de 18.240 médicos que atuam em 4.058
municípios e em 34 distritos de saúde indígenas.
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