Os dois policiais
militares envolvidos na morte de um jovem, provocada por ferimentos causados
por um tiro de bala de borracha, desferido durante um protesto, este ano, na
Zona da Mata de Pernambuco, se tornaram réus no processo. O Tribunal de Justiça
de Pernambuco (TJPE) informou, na ultima segunda-feira dia (17), que o Judiciário
acatou a denúncia do Ministério Público (MPPE) contra o capitão e o soldado.
Eles foram enquadrados por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
O crime ocorreu em 17 de
março, em Itambé, distante 92 quilômetros da capital pernambucana. Edvaldo da
Silva Alves, 19 anos, teve uma veia da coxa atingida por uma bala de borracha.
Ele passou 24 dias internado no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande
Recife. O rapaz morreu em abril, devido a uma infecção generalizada.
De acordo com o TJPE,
ainda não há data para a realização do julgamento. A decisão do tribunal de
acatar a denúncia do MPPE saiu na quinta-feira (13). No dia seguinte, os
mandados de citação da defesa dos réus foram expedidos.
A denúncia foi feita em 13
de junho deste ano. O MPPE entendeu que houve dolo eventual, quando os autores
do crime assumem a responsabilidade ao praticar o ato. No dia 2 do mesmo mês, a
Polícia Civil divulgou o indiciamento por homicídio culposo, quando não há
intenção de matar. A mudança foi justificada pelo MPPE, que entendeu a
gravidade nas ações dos PMs.
Outros dois policiais
militares também são mencionados no processo. De acordo com o texto, eles
estavam no momento do crime e responderão por omissão em face da conduta de
tortura.
Fonte: G1 - PE
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