Um carro invadiu o
calçadão de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, deixou um bebê de oito
meses morto e 16 pessoas feridas. Antônio Almeida Anaquim dirigia pela avenida
Atlântica e, por volta das 20h30 de ontem quinta-feira (18), atropelou as pessoas
que caminhavam pelo calçadão, próximo à rua Figueiredo de Magalhães.
O motorista seria
epilético e teria sofrido um ataque, por isso perdeu o controle do veículo.
Segundo o Departamento de Trânsito (Detran), Antonio de Almeida Anaquim estava
com a habilitação suspensa desde maio de 2014.
O motorista, de acordo com
o Detran, não cumpriu a exigência de devolução da habilitação. Por ter cometido
crime de trânsito e dirigido com a carteira suspensa, Anaquim terá sua
documentação cassada.
Darlan Rocha, de 27 anos,
pai do bebê que morreu no incidente, disse que a mãe da criança também foi
atropelada e seu estado de saúde é grave.
"Como uma pessoa que sofre de
epilepsia tem carteira de motorista? Não era para ter carteira de motorista e
nem estar na rua. Matou minha filha, como vou ficar agora?", lamentou.
Segundo a Secretaria
Municipal de Saúde, entre os feridos há um australiano, que está em estado
grave no Hospital Municipal Souza Aguiar.
O acidente
O carro preto atravessou o
calçadão e a ciclovia, e só parou na areia da praia, mostraram imagens de
televisão. Diversos feridos receberam atendimento dos bombeiros ainda no
próprio calçadão, um dos mais conhecidos cartões postais do Rio de Janeiro.
"Eu estava em uma
reunião de trabalho... Eu estava reunido com as pessoas quando ouvi um barulho.
Foi um barulho só, um grande estrondo e eu estava exatamente na direção de onde
o carro veio. O carro parou a um metro e meio de onde estava. Eu vi de frente",
disse à Reuters Ayrton Mandarino, de 53 anos, presidente do instituto
Footvolley 4Ever, que iniciará um projeto no local.
"Eu não ouvi barulho
de freada. Não sei se houve, mas em princípio não. Só o estrondo... Logo em
seguida, muita gente voando, logo depois as cadeiras voando, uns quatro ou
cinco metros de onde a gente estava, é que a gente percebeu que era um carro e
que ele já vinha arrastando gente na frente dele", acrescentou.
Mandarino disse ter visto
ao menos 10 pessoas feridas, entre elas um garoto que quebrou a perna e uma mãe
que estava com um recém-nascido, também ferido. Ele afirmou que na hora do
atropelamento, por volta de 20h30, o calçadão estava lotado.
O calçadão de Copacabana
tradicionalmente fica lotado de cariocas e turistas durante as noites do verão,
tanto pelos diversos bares espalhados pela orla como pela ciclovia utilizada
por atletas.
Por causa do acidente, as
duas faixas da avenida Atlântica foram parcialmente interditadas, uma vez que
uma multidão se reuniu no entorno do local para acompanhar o trabalho de
socorro às vítimas.
*Com informações da
Agência Brasil e Reuters
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