A recomendação expedida
semana passada pelo Tribunal de Contas de Pernambuco, em conjunto com o
Ministério Público de Contas, no sentido de evitar a realização de despesas com
carnaval, especialmente festas e shows, quando a folha de pessoal estiver em
atraso, gerou uma dúvida sobre a realização da Festa de Momo em Tabira.
Na cidade, o desequilíbrio
fiscal tem gerado críticas por atrasos de servidores na gestão Sebastião dias
(PTB). Há atrasos em áreas como Saúde, servidores que recebem por empenho,
médicos, aposentados e pensionistas. As dificuldades são evidentes.
Os
municípios com dificuldades financeiras, que sofrem com a carência de recursos
públicos, impõe-se ao administrador o dever de otimizar a alocação de tais
recursos na satisfação das necessidades mais importantes da população. Sendo
assim, a realização de gastos com festividades na pendência de quitação dos
salários dos servidores, viola o princípio constitucional da moralidade administrativa”,
disse o documento.
Ano passado, a programação
carnavalesca na Cidade das Tradições consumiu R$ 302 mil. Ainda houve cachês
inflacionados, como o da Banda Saia Rodada Elétrico que recebeu R$ 60 mil por
um show que durou menos de duas horas, quando em Triunfo havia tocado no mesmo
carnaval por R$ 40 mil.
Além dos gastos, a
programação chamou a atenção pela falta de sintonia com a tradição do carnaval
de Pernambuco, tanto que foi batizado de carnaval anti-cultural. Em abril do
ano passado na Rádio Pajeú, o prefeito Sebastião Dias prometeu não promover
mais uma festa que agrida a tradição cultural do Estado. Até agora, mesmo
quando procurada a Secretária de Cultura (ou de eventos) Gracinha Paulino não
anunciou a programação nem se haverá festa de momo.
Fonte: Nill Júnior
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