O prefeito de Desterro, no
Sertão paraibano, Dilson de Almeida, o Didi (PR), não comparece à prefeitura
desde o quinto dia do mandato. Ele foi eleito em 2016, tomou posse no dia 1° de
janeiro de 2017, mas só comandou o município até o dia 4. Desde então, o
município é comandado pelo primo do gestor. Waltércio de Almeida (PR), o
vice-prefeito, tem ocupando o cargo no lugar do titular, que vem apresentando
seguidos atestados médicos. Dilson mora na cidade de São José do Egito (PE),
localizada a 40 quilômetros de Desterro. A família é dona de uma rede de postos
com sede na cidade pernambucana.
A lista de doenças
alegadas pelo prefeito é quilométrica. De acordo com os atestados médicos em
posse do presidente da Câmara, Paulo Wamberto Leite (PSB), Didi alegou no
primeiro pedido de licença pré-diabetes, síndrome do intestino irritado,
colite, esofagite e estresse intenso. No segundo pedido de licença, seis meses
depois, acrescentou à lista sintomas de cardiopatia. Findado o vigor do segundo
atestado, foi apresentado um terceiro, mas ele permanece sem valor. Isso por
que os vereadores da cidade estão em período de recesso. Por conta disso, o
vice não pode assinar documentos. O resultado é que os servidores estão sem
salários.
O vice-prefeito também
está impedido de pagar aos fornecedores. A TV Cabo Branco foi a São José do
Egito, onde, de acordo com os adversários políticos, o prefeito comanda as
empresas da família. Lá, Didi negou as acusações e reafirmou as informações
sobre as doenças que constam no atestado. “Eu tomo nove tipos de medicamentos.
Por sinal, eu trouxe até os medicamentos aqui, se vocês quiserem filmar, os
atestados médicos, as consultas. Desde o final de 2016 que eu estou em
tratamento regular. Desde 2010 que venho me tratando de uma depressão. E depois
das eleições de 2016 eu tive de forma mais intensos os problemas de saúde”,
disse.
Dilson diz que está sem
trabalhar por causa doo quadro clínico. Ele nega que administre as empresas da
família. Acusa os adversários de fazerem acusações infundadas contra ele. Diz
também que não tem como “tomar conta e dar conta” das exigências do cargo. O
prefeito também garante não receber dinheiro da prefeitura, apesar de constar
nos balanços declarados ao Tribunal de Contas do Estado o salário de R$ 10 mil.
O valor está discriminado como pagos ao gestor. Vale ressaltar que as
informações são repassadas pela prefeitura ao TCE.
“Não tenho condições de
saúde, condições psicológicas para ocupar o cargo”, diz o prefeito. Dilson de
Almeida, ao se referir ao presidente da Câmara, acusou o adversário político de
“não bater bem da cabeça”. Oremos!!!
Fonte:blogs.jornaldaparaiba.com.br
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