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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Integrante de facção é morto em ataque a tiros em frente a hotel em SP; veja vídeo

Crime na frente de hotel em SP (Foto: Glauco Araújo e Kleber Tomaz / G1)

Por Glauco Araújo e Kleber Tomaz, G1 SP, São Paulo

Um ataque a tiros matou um homem integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e feriram outras duas mulheres por volta das 20h00min, na noite de ontem quarta-feira (22) em frente a um hotel na Zona Leste de São Paulo. Um vídeo gravou o momento em que dois homens armados não identificados se aproximam, disparam contra as vítimas e fogem.


Os atiradores aparecem segurando armas que seriam fuzis e metralhadoras, segundo policiais ouvidos pelo G1. Eles se aproximam atirando em direção a pessoas que descem de um carro escuro que estaciona na entrada do saguão do Hotel Blue Tree Towers, na Rua Eleonora Cintra, no Jardim Anália Franco.

Quem morreu baleado foi Wagner Ferreira da Silva, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM). Os nomes das mulheres não foram divulgados. Elas acabaram socorridas ao Hospital Vitória e São Luiz. Não há confirmação do estado de saúde delas que teriam sido atingidas pelos disparos.

A Polícia Civil investiga se o crime foi um acerto de contas entre membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Os investigadores querem saber se Wagner pertencia à facção criminosa.

Em nota, a administradora do Hotel Blue Tree Towers diz que lamenta o ocorrido.

"Os hóspedes envolvidos no incidente foram prontamente socorridos pela equipe do hotel e encaminhados a hospitais da região. A equipe da unidade continua dando todo suporte necessário. Prezando pela segurança de hóspedes e colaboradores, a empresa está à disposição para colaborar com qualquer investigação a ser realizada", diz a nota.

A vítima: Wagner Ferreira da Silva (Foto: Glauco Araújo e Kleber Tomaz)

Existe a suspeita de que Wagner, que seria conhecido como Waguininho, Magrelo ou Cabelo Duro, possa ter sido morto por outros membros do PCC para vingar a morte de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca.

Esses dois eram membros da quadrilha, estavam foragidos da Justiça e foram executados a tiros na quinta-feira (15) no Ceará. Um bilhete encontrado na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, interior paulista, informa que Gegê e Paca foram mortos por ordem de Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, que pertence à facção e está nas ruas.

O motivo da eliminação de Gegê e Paca, segundo o papel, é que os dois estavam desviando dinheiro do PCC.

“Amigos aqui é o resumo do Pe quadrado [Penitenciária] e mais uns irmãos. Ontem foram chamados em uma ideias, aonde nosso ir [irmão] cabelo duro deixou nois [sic] ciente que o fuminho mandou matar os (...) o GG e o Paka. Inclusive o ir cabelo duro e mais alguns irs [irmãos] são prova que os irs [Gegê e Paca] estavam roubando”, informa o bilhete escrito a caneta num pedaço de papel.

Policiais investigam justamente se Wagner é o mesmo ‘cabelo duro’ citado no manuscrito como sendo o responsável por confirmar o motivo da execução de Gegê e Paca.

Fuminho, que seria o mandante, é gerente do tráfico de confiança de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder do PCC, e que está preso na P2 de Venceslau.

De acordo com a PM, o caso deverá ser registrado no 30 Distrito Policial (DP), Tatuapé, ou 31 DP, Vila Carrão. Por conta da complexidade do crime, policiais deverão pedir a ajuda do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para auxiliar nas investigações.

Bilhete encontrado na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau indica que Gegê do Mangue e Paca (nas fotos) foram mortos porque desviaram dinheiro da facção (Foto: Reprodução/Divulgação)

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