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Por Glauco Araújo e Kleber
Tomaz, G1 SP, São Paulo
Um ataque a tiros matou um
homem integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e feriram
outras duas mulheres por volta das 20h00min, na noite de ontem quarta-feira (22) em frente a um hotel na
Zona Leste de São Paulo. Um vídeo gravou o momento em que dois homens armados
não identificados se aproximam, disparam contra as vítimas e fogem.
Os atiradores aparecem
segurando armas que seriam fuzis e metralhadoras, segundo policiais ouvidos
pelo G1. Eles se aproximam atirando em direção a pessoas que descem de um carro
escuro que estaciona na entrada do saguão do Hotel Blue Tree Towers, na Rua
Eleonora Cintra, no Jardim Anália Franco.
Quem morreu baleado foi
Wagner Ferreira da Silva, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar
(PM). Os nomes das mulheres não foram divulgados. Elas acabaram socorridas ao
Hospital Vitória e São Luiz. Não há confirmação do estado de saúde delas que
teriam sido atingidas pelos disparos.
A Polícia Civil investiga
se o crime foi um acerto de contas entre membros do Primeiro Comando da Capital
(PCC). Os investigadores querem saber se Wagner pertencia à facção criminosa.
Em nota, a administradora
do Hotel Blue Tree Towers diz que lamenta o ocorrido.
"Os hóspedes
envolvidos no incidente foram prontamente socorridos pela equipe do hotel e
encaminhados a hospitais da região. A equipe da unidade continua dando todo
suporte necessário. Prezando pela segurança de hóspedes e colaboradores, a
empresa está à disposição para colaborar com qualquer investigação a ser
realizada", diz a nota.
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Existe a suspeita de que
Wagner, que seria conhecido como Waguininho, Magrelo ou Cabelo Duro, possa ter
sido morto por outros membros do PCC para vingar a morte de Rogério Jeremias de
Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca.
Esses dois eram membros da
quadrilha, estavam foragidos da Justiça e foram executados a tiros na
quinta-feira (15) no Ceará. Um bilhete encontrado na Penitenciária 2 de
Presidente Venceslau, interior paulista, informa que Gegê e Paca foram mortos
por ordem de Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, que pertence à facção e
está nas ruas.
O motivo da eliminação de
Gegê e Paca, segundo o papel, é que os dois estavam desviando dinheiro do PCC.
“Amigos aqui é o resumo do
Pe quadrado [Penitenciária] e mais uns irmãos. Ontem foram chamados em uma
ideias, aonde nosso ir [irmão] cabelo duro deixou nois [sic] ciente que o
fuminho mandou matar os (...) o GG e o Paka. Inclusive o ir cabelo duro e mais
alguns irs [irmãos] são prova que os irs [Gegê e Paca] estavam roubando”,
informa o bilhete escrito a caneta num pedaço de papel.
Policiais investigam
justamente se Wagner é o mesmo ‘cabelo duro’ citado no manuscrito como sendo o
responsável por confirmar o motivo da execução de Gegê e Paca.
Fuminho, que seria o
mandante, é gerente do tráfico de confiança de Marcos Willians Herbas Camacho,
o Marcola, apontado como líder do PCC, e que está preso na P2 de Venceslau.
De acordo com a PM, o caso
deverá ser registrado no 30 Distrito Policial (DP), Tatuapé, ou 31 DP, Vila
Carrão. Por conta da complexidade do crime, policiais deverão pedir a ajuda do
Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para auxiliar nas
investigações.
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