O Ministério Público
acolheu representação do Coletivo de Advogados pela Democracia (CAAD) contra
dez suspeitos do atentado a bala contra o ex-presidente Lula. Foi fácil
identificar os suspeitos através de grupos de whats app nos quais foi tramado o
ataque ao ex-presidente. Todos os suspeitos são de grupos que apoiam Jair
Bolsonaro.
Matéria da revista Brasil
de Fato revelou uma coleção impressionante de prints de conversas dos
criminosos em grupos de Whats App nos quais combinaram os ataques ao
ex-presidente Lula e à sua comitiva.
O coletivo recebeu mais de
cem emails com denúncias. Parte delas trazem prints de conversas no Whatsapp
dos grupos “Caravana Contra Lula 26/03” e “Foz contra Lula 26/03”, nos quais
integrantes afirmam intenção de trocar os ovos e pedras, que vinham sido
atirados contra a Caravana, por tiros de munição letal.
“Gente, vamos trocar os
ovos por bala de borracha e munição letal, que vai ser bem mais eficaz”, diz um
dos integrantes do grupo Caravana Contra Lula 26/03, em uma mensagem enviada às
9h50 da segunda-feira (26). “Gosto da ideia, seria o primeiro a atirar, mas aí
nós seríamos os vilões”, responde outro integrante.
Horas depois, às 23h38, um
outro integrante enviou a seguinte mensagem: Tem que meter bala, aproveita que
tá de noite, mirar nos pneus, motor e Bala”. Paralelamente, no grupo “Foz
contra Lula 26/03”, às 10h53 da mesma segunda-feira, um integrante do grupo mandou
a mensagem “Onde arruma esses miguelitos?”. Um segundo integrante respondeu:
“Não vamos dar chance nem deles descerem do ônibus”.
Miguelitos são uma espécie
de cruz feita com pregos e foram colocados na estrada para furar os pneus dos
ônibus.
Confrontado com as provas,
o procurador de Justiça do Paraná Olympio de Sá Sotto Maior Neto disse que o
que essas pessoas fizeram foi “tentativa de homicídio”.
Esses grupos são ligados
ao candidato a presidente Jair Bolsonaro, conforme reportagem do Diário do
Centro do Mundo recém-publicada.
Aliás, reportagem da Globo
mostra que Bolsonaro foi o único pré-candidato a presidente que, a exemplo do
que fez no caso da vereadora Marielle Franco – executada no Rio por grupos de
extrema-direita iguais ao que tentou matar o ex-presidente Lula –, nem sequer
se pronunciou contra o atentado.
Isso foi longe demais. A
retórica do pré-candidato Jair Bolsonaro criou essa horda de animais e ele vem
incentivando o confronto nas redes sociais. Se não estiver ligado diretamente
aos crimes, no mínimo é culpado por insuflar os energúmenos que o seguem a
agirem dessa forma criminosa. Seguramente há seguidores dele envolvidos no
assassinato de Marielle Franco.
Onde está a Justiça
Eleitoral ou a Justiça Federal ou qualquer uma dessas autoridades que não sabem
fazer outra coisa na vida a não ser perseguir Lula e o PT?
Essa crise política só faz
se agravar e os dementes do Judiciário, do Ministério Público e da Mídia ainda
querem prender Lula. Isso está repercutindo no mundo inteiro. A imagem do
Brasil já era.
Com uma crise desse porte,
com o país às portas de uma guerra civil, ninguém investe – nem investidor
nacional, nem estrangeiro – e a economia vai parando. Quem vai colocar dinheiro
em um país que parece filme de western? Este país vai explodir. Os fascistas só
vão entender quando forem atingidos pelo que estão criando. E não vai demorar.
Confira a reportagem em
vídeo
Bolsonaro, o incitador,
simula “tiro” na cabeça de Lula em Curitiba. Por Fernando Brito
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