O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva se reúne na noite desta quinta-feira (5) na sede do
Sindicato dos Metúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, com lideranças do PT
após ter a ordem de prisão expedida pelo juiz federal Sérgio Moro. Segundo o
pedido, Lula deve se entregar até as 17h desta sexta-feira (6) à Polícia Federal
em Curitiba. O juiz vetou o uso de algemas “em qualquer hipótese”.
Além de Lula, estão
reunidos a ex-presidente Dilma Rousseff, o deputado Paulo Pimenta, o senador
Lindbergh Farias, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, os governadores
Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí), Guilherme Boulos, lider do
MTST, e Wagner Santana, presidente do sindicato.
Lula chegou às 19h10 à
sede do sindicato. Em nota, a defesa de Lula afirmou que o mandado de prisão
contra o petista, expedido nesta quinta-feira (5) pelo juiz Sérgio Moro,
“contraria” decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
“A expedição de mandado de
prisão nesta data contraria decisão proferida pelo próprio TRF4 no dia 24/01,
que condicionou a providência – incompatível com a garantia da presunção da
inocência – ao exaurimento dos recursos possíveis de serem apresentados para
aquele Tribunal, o que ainda não ocorreu. A defesa sequer foi intimada do
acórdão que julgou os embargos de declaração em sessão de julgamento ocorrida
no último dia 23/03. Desse acórdão ainda seria possível, em tese, a
apresentação de novos embargos de declaração para o TR4”, diz a nota.
Durante a tarde, ele
participou de uma reunião no Instituto Lula também com liderança do partido. A
senadora Gleisi Hoffmann criticou a decisão do STF, afirmando que parte dos
ministros impediram “que o Tribunal cumprisse o seu papel de guardião da
Constituição, retirando do presidente Lula o direito que a Constituição lhe
resguarda de presunção da inocência”.
Ela acrescentou que a
prisão de Lula será uma violência e defendeu a inocência dele. “Consideramos
uma prisão política. É uma prisão que vai expor o Brasil ao mundo. Viraremos
uma republiqueta de bananas.”
À noite, na sede do
sindicato, Gleisi Hoffmann afalou em obsessão de Moro para prender Lula.
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