
Enquanto o país assiste
eletrizado a polarização entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad na eleição
presidencial, poucos estão olhando para o que realmente interessa, que é o
Congresso – ou seja, a eleição daqueles que poderão ejetar de sua cadeira o
cara que subir a rampa do Planalto. Levantamentos preliminares do Diap
(Departamento Internacional de Assessoria Parlamentar) apontam que a onda
vermelha que está levando Haddad ao segundo turno poderá dar ao PT a maior
bancada na Câmara dos Deputados, elegendo entre 55 e 65 representantes.
O que não quer dizer
garantia de governabilidade se Haddad for eleito (no caso de Bolsonaro, em se
fala, pois o PSL não deve eleger mais do que 20 deputadoa). Na verdade, o
quadro geral das previsões na Câmara apontam para um cenário muito parecido com
o de hoje, o que parece ser desolador.
As previsões são de que
haverá baixa renovação, com muitas reeleições, e grande pulverização. A segunda
maior bancada deve ser a do MDB, com previsão do Diap de fazer algo em torno se
45 e 50 deputados, número semelhante aos do PSDB e do PP. Outros partidos de
Centrão, como PR e DEM, devem eleger no máximo 40 deputados cada um.
O que isso quer dizer?
Antes de tudo, que haverá uma briga de foice pela presidência da Câmara, que
não irá automaticamente para ninguém, embora, em tese, costume ficar com a
maior bancada. Mas, mesmo elegendo o presidente da República, o PT terá que
fazer um acordo com o MDB se quiser o posto, apoiando o aliado no Senado e
dando a ele, quem sabe, o segundo bienioda legislatura no comando da Casa.
Outro dado relevante é o
de que o Centrão continuará existindo, embora os planos de Rodrigo Maia de
permanecer na presidência da Câmara dificilmente sobreviverão se o vencedor da
eleição presidencial não for Jair Bolsonaro. Em ora as previsões do Diap
apontem crescimemto dos extremos, nas bancadas à direita e à esquerda, o
centro, se unido, ainda será uma força com quem o novo presidente terá que
negociar.
Helena
Chagas – Blog Os Divergentes
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