
Jornal
do Brasil
Um grupo de 196 médicos
retornou nesta quinta-feira a Cuba após três anos de trabalho no Brasil, os
primeiros após o anúncio de Havana de sair do programa Mais Médicos devido a
críticas do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Segundo a Agência Cubana
de Notícias (ACN), oficial, os médicos chegaram "felizes por terem cumprido sua missão", mas também "preocupados com a sorte do povo
brasileiro com o novo presidente eleito".
Cuba anunciou ontem que
iria abandonar o programa brasileiro - do qual participa desde a sua criação,
em 2013, através da Organização Pan-Americana de Saúde (OPS) - devido a
declarações de Bolsonaro, que anunciou mudanças a partir de 1º de janeiro.
"O
Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar
participando do programa Mais Médicos e assim o comunicou à diretora da OPS e
aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta
iniciativa", diz um comunicado oficial de Cuba.
Cerca de 20 mil médicos
cubanos trabalharam no Brasil durante cinco anos, e a decisão cubana afeta
cerca de 8 mil que o fazem atualmente.
"A
retirada do programa será apoiada por nossos médicos, pois nem os princípios
nem a dignidade são negociáveis", afirmou a vice-ministra da Saúde de
Cuba, Regela Angulo, ao receber os profissionais no aeroporto.
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