Matéria divulgada sexta-feira (26) pelo jornal Folha de São Paulo aponta que o vereador do Rio de
Janeiro, Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, manteve
em seu quadro de assessores até janeiro deste ano uma idosa que afirma nunca
ter trabalhado para ele.
Se trata de Nadir Barbosa
Goes, de 70 anos. Procurada pela reportagem do jornal, a senhora negou
trabalhar na Câmara e se limitou a dizer que “não sabe de nada”. Como oficial de gabinete, o salário de Nadir
era de R$ 4.271 por mês.
A matéria diz que em
janeiro deste ano Carlos Bolsonaro fez uma “limpeza”
no seu quadro de assessores, exonerando nove. Dentre eles estavam Nadir e Neula
de Carvalho Goes. Atualmente, um dos assessores de Carlos é o militar Edir
Barbosa Goes, irmão de Nadir e esposo de Neula.
Assessores comissionados
da Câmara Municipal do Rio têm carga horária de 30 horas semanais, o que
equivale a seis horas por dia, que não precisam ser cumpridas no espaço físico
da Câmara. Esses funcionários podem realizar suas atividades de maneira
externa, não precisam bater ponto e têm sua frequência assinada pelo próprio
vereador.
A reportagem apurou que
Nadir mora no município de Magé, a aproximadamente 60 km da capital Rio de
Janeiro, durante o mesmo período em que atuou como assessora do vereador.
Familiares de Nadir confirmaram que ela vivia no município há cerca de dez anos
e que não tinha o hábito de viajar até a capital.
Os repórteres da Folha
foram também até a residência de Edir e Neula. Lá, encontram Edir usando short
e camisa por volta das 13h de uma segunda-feira. Irritado, o assessor se negou
a responder às perguntas e disse que caberia ao gabinete prestar
esclarecimentos.
O chefe de gabinete de
Carlos Bolsonaro, Jorge Luiz Fernandes, negou que Nadir recebesse salário sem
prestar serviços. Ele disse que Nadir, Neula e outras duas funcionárias
exoneradas por Carlos trabalhavam em um núcleo chefiado por Edir.
Segundo Jorge, esses
funcionários entregavam mala direta, na entrega de correspondências, para a
base eleitoral do vereador em Campo Grande, na zona oeste do Rio, e anotavam
reivindicações de eleitores, principalmente de militares.
Fonte: blogdoitamar.com.br
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