Centrais
sindicais fazem união inédita na celebração do 1º de Maio
Por
Vera Batista
As centrais sindicais
estão nos últimos preparativos para o inédito ato unificado de 1º de Maio, com
a participação de partidos políticos de centro e de esquerda e entidades da
sociedade civil.
Desde 1991, quando foi
criada, nunca a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT,
fundada em 1983) dividiram o mesmo espaço nas comemorações do Dia do Trabalho.
Nesta terça-feira (30/4),
no entanto, diante da pauta de interesse comum — em repúdio à reforma da
Previdência proposta pelo governo —, os presidentes Wagner Freitas (CU) e
Miguel Torres (Força) vão se encontrar, às 15h, no Vale do Anhangabaú, região
central de São Paulo, para visitar o palco onde acontecerá o evento nesta
quarta-feira (1/5) e dar entrevista coletiva.
A previsão dos
organizadores é de que cerca de 200 mil pessoas passem pelo local, das 10h às
20h, com ato político às 11h.
O 1º de Maio marca o
início da jornada de manifestações com o lema Em defesa dos direitos dos
trabalhadores — contra o fim da aposentadoria, por mais empregos e salários
decentes, que também rechaça o programa de privatizações, e defende reajustes
salariais dignos e o retorno das políticas sociais encerradas por Bolsonaro.
As reuniões entre as
centrais ocorre desde o início do ano, e o objetivo é confirmar, na
quarta-feira, uma greve geral de funcionários públicos e privados em 14 de
junho.
Já está aprovado o Dia
Nacional de Luta, em 15 de maio, com o início de greve de professores.
“Esse
é um momento político muito preocupante. Não podemos esquecer que o Brasil está
com cerca de 13 milhões de desempregados”, destacou João Carlos Gonçalves, o
Juruna, secretário-geral da Força. Mas também será uma ocasião de lazer para o
“sofrido trabalhador”, com shows pelo país.
Em São Paulo, estão
confirmadas as presenças de artistas como Leci Brandão, Simone e Simaria, Paula
Fernandes, Toninho Geraes, Mistura Popular, Maiara e Maraísa, Kell Smith, e
Júlia e Rafaela.
Entre os servidores
públicos, apenas o carreirão deve participar dos protestos de 1º de Maio.
As carreiras de Estado do
funcionalismo não estarão nas ruas. A maioria do pessoal do topo da pirâmide
votou em Bolsonaro e alguns, inclusive, fazem parte da equipe econômica do
governo.
A batalha deles é no
Congresso, na Esplanada e no Palácio do Planalto.
“Não
temos encaminhamentos no âmbito do Fórum Nacional das Carreiras de Estado
(Fonacate) para o dia. Cada afiliada, isoladamente, poderá ter agenda própria.
Nós estamos tratando de Previdência e de outros temas”, explicou Rudinei
Marques, presidente do Fonacate.
Mas nenhuma das afiliadas
se manifestou pelas páginas oficiais convocando as categorias.
Em Brasília, o ato de 1º
de Maio será no Taguaparque, com apresentações de Vanessa da Mata, Odair José,
Israel e Rodolffo, entre outras atrações.
Também será celebrado os
40 anos do Sindicato dos Professores de Brasília (Sinpro-DF).
Também haverá eventos nas
capitais do Rio de Janeiro, da Bahia, do Ceará, de Goiás, de Mato Grosso, de
Mato Grosso do Sul, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí, de Sergipe, do Rio
Grande do Sul e de Santa Catarina.
Fonte: www.evolutio27.com.br
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