As chuvas que atingem a
Região Metropolitana do Recife (RMR) desde a madrugada desta quarta-feira (24)
levaram à morte de 12 pessoas, segundo o Corpo de Bombeiros. O temporal também
derrubou barreiras e árvores e causa diversos pontos de alagamento, que dificultam
a circulação dos ônibus. Em algumas cidades da RMR, aulas da rede municipal
foram canceladas.
A assessoria de
comunicação do Corpo de Bombeiros e as equipes que estão em Abreu e Lima.
Enquanto a assessoria confirmava a morte de uma gestante de 21 anos, os
bombeiros do local informaram que as equipes utilizavam cães farejadores para
localizar a jovem. A Defesa Civil de Olinda e os Bombeiros também
contabilizaram uma única vítima em dois endereços diferentes.)
Quatro mortes registradas
pelos Bombeiros ocorreram no Passarinho, entre o Recife e Olinda, e uma no
bairro de Dois Unidos, na capital pernambucana. Outras duas mortes foram
confirmadas em Águas Compridas, em Olinda. Houve, ainda, quatro mortes registradas
em Caetés, em Abreu e Lima
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Na Rua Ageu, no
Passarinho, as vítimas de um deslizamento de barreira são Natalicio Vicente da
Silva, de 69 anos, Ivonete Maria da Silva, de 63. Outro deslizamento em Abreu e
Lima, segundo os Bombeiros, vitimou dois irmãos, sendo um jovem de 18 anos e um
adolescente de 15.
A mãe deles, de 39 anos,
foi retirada dos escombros e levada ao Hospital Miguel Arraes, em Paulista.
Ainda em Abreu e Lima, o Corpo de Bombeiros registrou as mortes de dois homens,
sendo um 53 anos, que morava sozinho, e outro de 49 anos, pai dos dois jovens
encontrados mortos.
Em Olinda, as mortes de
uma idosa de 78 anos e um jovem de 25 anos foram encontrados mortos nas ruas
Aquarela e Arcoverde, respectivamente.
Pouco antes das 13h, os
Bombeiros também confirmaram a morte de um homem e uma mulher na Estrada do
Passarinho, em Olinda. As idades não foram informadas.
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Deslizamento de barreira
na Estrada do Passarinho, no Recife, deixou dois idosos mortos nesta
quarta-feira (24) — Foto: Wanessa Andrade/TV Globo
Em Jaboatão dos
Guararapes, sete barreiras deslizaram. Segundo a prefeitura, ninguém ficou
ferido, mas as famílias precisaram deixar suas casas. A Defesa Civil pode ser
acionada, no município, pelos telefones 0800 281 20 99 ou (81) 9 9195 6655.
Acionado para socorrer
feridos, o Samu também registrou deslizamentos de barreiras no Córrego do
Abacaxi, Estrada do Passarinho e no Alto Nova Olinda, em Olinda; na Rua do
Bosque, em Paulista, e em Caetés, em Abreu e Lima.
De acordo com a Agência
Pernambucana de Águas e Clima (Apac), as chuvas no Grande Recife e Zona da Mata
devem diminuir de intensidade, mas persistem durante todo o dia. Na terça (23),
a Agência havia renovado o alerta para chuvas moderadas a fortes nas duas
regiões.
Barco e trator para
locomoção
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Enfermeiro “aluga” trator
por R$ 10 para conseguir passar por trecho alagado na BR-101, na Zona Norte do
Recife — Foto: Clarissa Góes/TV Globo
Devido aos alagamentos na
BR-101, no bairro da Guabiraba, na Zona Norte do Recife, o enfermeiro André
Cavalcanti pagou R$ 10 para atravessar a rodovia e conseguir chegar a Igarassu,
também na Região Metropolitana.
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Segundo moradora da Rua
Britânia, água da chuva está prestes a invadir residências em Paulista — Foto:
Reprodução/WhatsApp
No município de Paulista,
de acordo com moradores, o nível da água na Rua Frei Caneca, no bairro do
Janga, chega até o joelho. Os moradores não conseguem sair de casa.
A Rua Britânia, em Nossa
Senhora do Ó, em Paulista, está alagada. De acordo com Marcela Portela, de 26
anos, que mora há 19 no local, falta pouco para a água invadir as residências.
“Hoje não temos condições de sair daqui. Sexta-feira tenho um congresso e a
situação precisa melhorar. Durante todo o tempo aqui, nunca vi ações da
prefeitura para melhorar a rua”, afirma.
Problemas de mobilidade
No Terminal Integrado
Pelópidas Silveira, em Paulista, passageiros que aguardam transporte afirmam
que não há circulação de veículos na manhã desta quarta (24). Segundo
passageiros que estavam no local, a orientação dada pelo TI é que os
passageiros voltem para casa.
Segundo o Grande Recife
Consórcio de Transporte, a operação dos terminais Pelópidas Silveira e Igarassu
foi comprometida. Equipes monitoram as ruas devido aos alagamentos nesses dois
locais e em frente ao TI CDU, na Zona Oeste do Recife.
De acordo com o estudante
Juan Gouveia, que saiu de Paulista, a falta de previsão de novas operações
complicou a chegada no trabalho, que fica no centro do Recife. “Já não tinha
ônibus da linha alimentadora do meu bairro e eu tive que ir andando para o
terminal”, diz.
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