
Reunido com parlamentares
dos países do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai, o líder do PT no Senado,
Humberto Costa (PE), avisou a deputados e senadores das nações vizinhas que,
muito em breve, o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá reconhecer a parcialidade
do ex-juiz Sergio Moro nos processos contra Lula e anular as condenações
impostas ao ex-presidente. “O STF vai anular o processo e dar um julgamento
justo a Lula”, declarou.
De acordo com relato de
Humberto ao Parlamento do Mercosul (Parlasul), na manhã desta segunda-feira
(30), o reconhecimento das arbitrariedades praticadas contra o ex-presidente já
se anuncia pelos próprios procuradores da Lava Jato, que, de forma unânime, solicitaram
à Justiça a progressão de pena de Lula do regime fechado ao semiaberto numa
tentativa de esvaziar a decisão do STF. O ex-presidente está preso na
carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde abril do ano passado.
“Essa
decisão dos integrantes da Lava Jato de pedir a retirada de Lula da cadeia não
tem qualquer preocupação com o cumprimento da lei. O medo deles é que o Supremo
declare o ex-juiz Moro parcial, em ação protocolada pela defesa de Lula que
será julgada em breve na Corte. Eles estão apenas se antecipando. Moro foi um
juiz parcial e corrupto”, afirmou Humberto.
Segundo ele, a maioria dos
brasileiros, hoje, já sabe que Lula foi condenado em um processo sem provas e
viciado desde a origem. O parlamentar ressaltou que a perseguição política
ficou ainda mais clara com as revelações recentes da Vaza Jato na imprensa.
“Um
profundo desrespeito à Constituição ficou marcado no processo contra Lula no
Brasil. Esse atropelo às normas do jogo possibilitou a ascensão de um
presidente extremamente autoritário, antinacionalista e comprometido com ideias
da extrema direita no país. Mas estamos demonstrando todas essas
irregularidades e revertendo os absurdos”, disse.
Na sua fala na reunião
plenária do Parlasul, o senador também registrou que a Lava Jato sofreu outras
duas grandes derrotas na semana passada: a bizarra declaração do ex-procurador
da República Rodrigo Janot que daria um tiro no rosto do ministro Gilmar Mendes
e a decisão do Supremo de que os réus delatados têm direito à última palavra durante
o processo judicial.
“Entre
a série de atropelos cometidos pela Lava Jato, um deles foi contido agora pelo
STF. Os ministros decidiram, por ampla maioria, que os delatores não podem ser
os últimos a se manifestarem no processo, como aconteceu em muitos casos da
Lava Jato, porque isso desrespeita o direito de ampla defesa dos réus. A
decisão muita coisa na operação”, comentou.
Fonte: folhape.com.br
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