Com apenas,
aproximadamente, dois anos na Polícia Militar de Pernambuco, a soldado Liliane
Cunha, de 31 anos, considera-se realizada e percebe que vem consolidando seu
espaço na Corporação. Formada em serviço social e pós-graduada em atuação de
risco e vulnerabilidade social, a policial conseguiu aliar sua formação ao
trabalho na Instituição.
Atuando no policiamento
comunitário, Projeto Koban, do 19º BPM, ela confessa o motivo pelo qual
escolheu a unidade. “Meu interesse foi porque durante o curso de formação
fiquei sabendo dos projetos sociais do batalhão”. Foi a oportunidade que ela
identificou de trazer o seu conhecimento acadêmico e poder auxiliar na
atividade de policiamento da área com o projeto que é voltado à interação com a
comunidade.
Segundo Liliane, essa
atuação traz um impacto pessoal e profissional. Ela percebe que a comunidade
acaba enxergando o policial de forma diferente. “Você identifica que está
colaborando para o crescimento de onde você está atuando, ou da atividade que
você está desenvolvendo, isso traz uma autossatisfação.” Mesmo com pouco tempo
de serviço prestado, ela demonstra estar consciente da sua importância enquanto
agente de segurança pública atuante do policiamento comunitário. “Percebemos
não só a ocorrência, mas as pessoas envolvidas nela.”
Ser reconhecida e ocupar o
seu espaço no ambiente de trabalho aconteceu de forma natural. Mas ela lembra,
que no momento que entrou no Curso de Formação e Habilitação de Praça (CFHP),
em 2017, criou uma “casca”, chegando a tolher alguns tipos de comportamento. “A
princípio eu internalizei que seria um desafio me inserir num contexto
majoritariamente masculino. Sabemos que no mercado de trabalho tem sempre
algumas nuances que diferenciam o feminino do masculino”, salientou a PM que
hoje se sente muito tranquila em relação a isso.
“Sou quem eu sou, não
preciso dessa casca que me atribui no início”, avalia. Ela julga sua relação
com os pares e superiores, muito positiva. “Como mulher, me sinto de igual para
igual.” Ela acrescenta que a atividade não está ligada ao gênero e sim a sua capacidade,
habilidade e conhecimento técnico, além de como cada mulher vai operacionalizar
isso no seu dia a dia.
A policial militar tem
como desejo profissional poder trilhar o seu caminho na PMPE e, por onde
passar, conseguir se relacionar bem com as pessoas, prestando um serviço de
qualidade. Aproveitando a semana da mulher, ela pede que todas elas lutem pelo
que acreditam. “Trace suas metas, faça dos seus sonhos um objetivo de vida.
Porque a gente consegue realizar os sonhos a partir do momento que a gente
acredita neles. Não deixe que ninguém influencie no que você deseja, porque o
lugar da mulher é onde ela quiser”, concluiu.
Foto: Sgt Leandro Brayner
Texto: Sd Suellen Vilela
#pmpe #diadamulher
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