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terça-feira, 3 de março de 2020

SERVINDO À POLÍCIA MILITAR HÁ 34 ANOS


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“Nós somos batalhadoras, vencedoras e empoderadas”. Essas foram as palavras da coronel PM Marinez Ferreira Lins da Silva, para descrever as mulheres que atuam na Polícia Militar de Pernambuco.

Oficial feminina da primeira turma do concurso externo para o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar, a coronel Marinez ingressou na Corporação no ano de 1986, aos 19 anos de idade. O desejo de ser policial militar sempre existiu, tentou o concurso para soldado, passou, mas não foi classificada entre as vagas disponíveis. Algum tempo depois, por influência da irmã, tentou o concurso para oficial, passou. Das duas mil e quinhentas candidatas apenas sete se classificaram, ela ficou na segunda colocação.

Foram três anos de curso de formação e a adaptação ao mundo militar e o convívio com os homens não foi nada fácil. “Sofremos muita discriminação, os meninos sempre querendo nos colocar para trás, mas competíamos de igual para igual, mostrávamos que não estávamos ali para brincadeira. Por outro lado o respeito sempre foi muito grande, lembro que o comandante chamou nossos familiares para conversar e explicar como seria o regime de internato”, lembra a coronel.

Ao sair da Academia de Polícia Militar do Paudalho, serviu como aspirante no recém-criado Batalhão de Polícia Feminino, o BPFem. Depois voltou para a Academia, para colaborar na formação de novas alunas oficiais, passou também pelo Sistema de Saúde, Hotel de Trânsito, 5ª Seção do Estado Maior Geral, Diretoria de Tecnologia e Ajudância Geral. Hoje está de volta ao Sistema de Saúde, dessa vez como Diretora de Saúde. “Essa é uma experiência muito gratificante, o comandante geral me confiou esse desafio, minha vida é feita de desafios e eu quero dar do bom e do melhor para o meu usuário. Eu quero que o policial esteja na linha de frente, mas sabendo que seu familiar está sendo bem cuidado”, disse a coronel Marinez.

Sobre ser policial militar hoje, a coronel disse que ainda existem alguns paradigmas a serem quebrados. “Está mais fácil, mas ainda existem alguns paradigmas que precisam ser quebrados. Graças à Deus eu conquistei o respeito do soldado mais moderno ao comandante geral. Isso se deve ao trabalho que você faz incessantemente, se o masculino faz “x” infelizmente nós temos que fazer “x” e “y”. Não deveria ser assim, mas nós somos batalhadoras, vencedoras e empoderadas e podemos fazer qualquer coisa”.

Para aquelas que estão ingressando na Corporação e para quem tem o sonho de seguir a carreira militar ela deixou um recado. “Sigam seus objetivos, se quiserem ser policiais militares sejam determinadas e cumpram os desafios que virão. Portas já estão abertas, vocês só precisam dar o seu melhor”.

Casada e mãe de um filho, a coronel diz que nem sempre estar presente foi fácil. “Quando meu filho era mais novo ele sentia muito minha ausência, porque a gente se afasta demais de casa, a gente procura sempre dar o melhor pra eles, mas infelizmente a nossa ausência é sentida. Hoje em dia ele se sente orgulhoso de mim, tanto ele, quanto meu marido e meus familiares, mas é difícil, a gente esquece um pouco a família pra se dedicar à família Policial Militar. A gente passa mais tempo aqui do que com a própria família”, finalizou a coronel.
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Foto: Sgt Leandro Brayner | 5a EMG | ASCOM PMPE.
Texto: Sd Júlia Miranda | 5a EMG | ASCOM PMPE.
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