Governador também
participou de videoconferência com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur
Lira, para discutir apoio no combate à pandemia, e criticou vetos do presidente
à MP das Vacinas
O governador Paulo Câmara
visitou, nesta terça-feira (02.03), a fábrica da União Química, em Santa Maria,
Distrito Federal, onde é produzida a vacina Sputnik V, da Rússia. Ao lado de
outros governadores, Paulo Câmara conheceu as instalações e participou de
reunião com o CEO da União Química, Fernando Marques, e o diretor de Negócios
Internacionais da empresa, Rogério Rosso, além do embaixador da Rússia no
Brasil, Sergey Akopov. A intenção dos governadores é negociar com a fábrica a
compra direta da vacina, caso o governo federal não tenha condições de atender
os Estados na distribuição do imunizante.
“A documentação da Sputnik
V foi entregue à Anvisa e, havendo autorização, já deveremos ter, a partir do
mês de abril, a fabricação desse imunizante no Brasil. Isso vai nos ajudar a
acelerar o processo de vacinação da nossa população, juntamente com a produção
dos laboratórios Butantan e Fiocruz, para termos mais opções de vacinas. Até
porque, a quantidade de vacinas, hoje, ainda está bem aquém do necessário para
garantirmos uma cobertura satisfatória para a população brasileira”, afirmou
Paulo Câmara, lembrando que a Sputnik V apresentou um nível de eficácia acima
de 90% contra o novo coronavírus na última etapa de testes no seu país de
origem.
Primeira vacina contra a
Covid-19 registrada no mundo, ainda em agosto do ano passado, a Sputnik V já
começou a ser aplicada na Argentina, país vizinho ao Brasil, com sucesso. A
União Química garantiu aos governadores que a Rússia dispõe de 10 milhões de
doses da vacina para enviar ao Brasil assim que obtiver a aprovação na Anvisa,
que ainda não ofereceu uma previsão de data para a conclusão desse processo.
Ainda segundo a empresa, até dezembro, a Rússia teria condições de produzir e
enviar ao Brasil outras 150 milhões de doses.
VETOS – Após a visita à
fábrica da união Química, o governador também externou sua preocupação com os
vetos do presidente Jair Bolsonaro a trechos da Medida Provisória das Vacinas.
Principalmente o que dificulta a compra de imunizantes diretamente pelos demais
entes federativos. Segundo Paulo Câmara, o Ministério da Saúde já havia
sinalizado a favor, deixando claro que caso houvesse oportunidade a compra
poderia ser feita, com a garantia do ressarcimento de recursos aos entes
federativos.
Da mesma forma, o governador
criticou o veto ao dispositivo que dava prazo de cinco dias para a Anvisa
aprovar o uso emergencial de vacinas. “Se os organismos internacionais, que têm
tanto critério na liberação de vacinas em outros países, estão liberando o uso,
por que não haver um procedimento mais célere também no âmbito da Anvisa?
Precisamos agilizar o plano de vacinação, com toda a segurança necessária, mas
infelizmente o governo federal tem barrado iniciativas legislativas que são
fruto de muita discussão no Congresso Nacional”, lamentou Paulo Câmara.
APOIO DE LIRA – Ainda em
Brasília, Paulo Câmara participou de uma videoconferência do Fórum dos
Governadores do Brasil com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira,
para discutir um estreitamento de relações entre os Estados e o Legislativo
Federal no enfrentamento da pandemia e na celeridade do processo de imunização.
Lira se colocou à disposição dos governadores para fazer avançar essas pautas de interesse maior no Congresso Nacional.
“Nós também solicitamos ao presidente da Câmara
agilidade na implantação do novo auxílio emergencial e de outras pautas
federativas que possam ajudar nesse ambiente que estamos enfrentando de
pandemia e, ao mesmo tempo de desemprego e recessão econômica”, completou Paulo
Câmara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário