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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Confira quando os radares de fiscalização eletrônica serão reinstalados nas avenidas do Recife

 

Por Roberta Soares/JC

O Recife ainda vai ficar pelo menos mais dois meses com muitas avenidas e corredores de transporte sem fiscalização eletrônica de velocidade. A previsão é de que os radares desligados e, posteriormente, retirados de diversos pontos da cidade, só voltem a ser instalados no segundo semestre de 2024, com sorte, a partir de julho.

Segundo posicionamento oficial da Prefeitura do Recife, o processo licitatório para reinstalação dos equipamentos de fiscalização eletrônica de velocidade encontra-se em andamento e tem prazo previsto para finalização na segunda quinzena de junho.

O município, entretanto, não informa uma data certa para instalação e, principalmente, religamento dos radares. Alguns corredores viários importantes da cidade que perderam os equipamentos, como a Via Mangue, por exemplo, registraram sinistros de trânsito (não é mais acidente de trânsito que se define, segundo a ABNT) recentemente.

Diversas ruas e avenidas do Recife estão sem fiscalização eletrônica de velocidade desde junho de 2023 e fevereiro deste ano, com os radares sem notificar os excessos de velocidade praticados pelos condutores. Ou seja, desligados, como popularmente se diz.

Na prática, são mais de cem avenidas e ruas da cidade totalmente desprovidas de fiscalização de velocidade e pelo menos 35 equipamentos desativados – segundo informações oficiais da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU).

Sob a ótica da segurança viária, a situação é desastrosa, principalmente para o Recife, que desde 2020 foi escolhido para ser uma das 30 cidades mundiais beneficiadas até 2025, pelo projeto Bloomberg para Segurança Viária Global, desenvolvido pela Bloomberg Philanthropies organização especializada em políticas públicas, que atua em 480 cidades ao redor do mundo.

Vale lembrar que o excesso de velocidade é a infração mais cometida pelos condutores em todo o País e no Recife não é diferente. E que são os controladores e redutores de velocidade que respondem pela redução em até 40% dos números sinistros de trânsito com vítimas.

Segundo informações apuradas pela Coluna Mobilidade, o desligamento dos radares está ocorrendo porque a Prefeitura do Recife se “atrapalhou” na continuidade da licitação dos dois contratos existentes na cidade.

Um dos contratos de fiscalização eletrônica de velocidade – o maior deles, que abrange 80% do sistema de radares – está vencido desde junho de 2023 e somente três meses depois, em setembro, a prefeitura teria iniciado o processo de renovação, realizando um pregão eletrônico – modelo de licitação pública que simplifica os procedimentos por ser realizado de forma digital.

O segundo contrato – que abrange 20% dos radares – teria vencido agora, em fevereiro deste ano. E a população só começou a perceber o desligamento dos equipamentos porque eles começaram a ser recolhidos nos pontos, como aconteceu na Via Mangue.

Existem denúncias, inclusive, de que o processo se arrasta há mais de seis meses porque haveria um direcionamento da concorrência para beneficiar uma das empresas que disputam o pregão. Essa empresa, aliás, estaria em último lugar quando a análise é feita sobre o preço cobrado por monitoramento de faixa.

O custo apresentado seria de R$ 8 mil por faixa, quando existem empresas cobrando R$ 3 mil, por exemplo. A denúncia feita à Coluna Mobilidade alerta, principalmente, para o elevado custo que o novo contrato de fiscalização eletrônica terá para o erário público.

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