Doze policiais militares, incluindo três oficiais, acusados pela chacina ocorrida no município de Camaragibe, no Grande Recife, vão sentar no banco dos réus em dezembro. A decisão da juíza Marília Falcone Gomes, publicada na última sexta-feira (4), também determinou a manutenção das prisões preventivas de cinco PMs.
A coluna Segurança teve acesso à íntegra da decisão judicial. No documento, a magistrada reforçou que a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra os policiais atendeu aos requisitos previstos em lei, com "provas suficientes nos autos da materialidade do crime, bem como de indícios de autoria diante dos depoimentos testemunhais em sede policial".
A chacina de Camaragibe, como o crime ficou conhecido nacionalmente, ocorreu após as mortes do soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e do cabo Rodolfo José da Silva, 38, no bairro de Tabatinga, em 14 de setembro do ano passado.
A investigação apontou que, logo após as duas mortes, policiais militares deram início a uma operação de vingança contra o principal suspeito, o vigilante Alex da Silva Barbosa, de 33 anos. Horas depois, três irmãos foram assassinados.
Os corpos da mãe, Maria José Pereira da Silva, e da esposa dele, Maria Nathalia Campelo do Nascimento, 27, também foram encontrados no dia seguinte em Paudalho, município vizinho. E o suspeito, em nova troca de tiros com PMs, também morreu.
A audiência de instrução e julgamento dos policiais militares foi marcada para os dias 6 e 13 de dezembro, no Fórum de Camaragibe. Nesses dias, serão ouvidas testemunhas de acusação, arroladas pelo MPPE, e de defesa. Por fim, haverá o interrogatório dos 12 PMs - que podem optar pelo silêncio.
Esse processo é referente apenas aos assassinatos de Ágata Ayanne da Silva, 30, Amerson Juliano da Silva e Apuynã Lucas da Silva, ambos de 25, irmãos de Alex.
Confira todos os detalhes na coluna Segurança do JC.COM.BR.
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