Cinco dias após o anúncio oficial feito pelo presidente dos EUA, Barack Obama, a Al-Qaeda confirmou ontem a morte de seu líder Osama bin Laden e prometeu vingança contra os americanos e seus aliados, incluindo o Paquistão. Em resposta, a Casa Branca, por meio do porta-voz Jay Carney, informou ter adotado medidas de "vigilância extrema".
"O xeque combatente Osama bin Mohamed bin Laden foi morto pelos tiros da traição e da apostasia", escreveu a Al-Qaeda. "Em breve, com a ajuda de Deus, suas alegrias se transformarão em tristezas e seu sangue se misturará com suas lágrimas. Nem os EUA nem seus habitantes terão segurança até que dela se beneficiem nossos parentes na Palestina. Os soldados do Islã continuarão unidos e planejando ataques sem descanso."
O comunicado, divulgado em um site islâmico, é atribuído à chefia geral da organização. Ele anuncia também que a rede terrorista possui uma gravação de áudio com uma mensagem de Bin Laden que será divulgada em breve.
A gravação teria sido feita uma semana antes de ele ter sido morto pelos EUA. A CIA está investigando a autenticidade da mensagem. Diante da ameaça, o porta-voz da Casa Branca garantiu que o governo americano está em alerta.
"Estamos conscientes da possibilidade de uma ação (terrorista) e permanecemos extremamente vigilantes por essa razão", disse Carney.
Com base em documentos, computadores e discos rígidos apreendidos na operação que matou Bin Laden, o Departamento de Segurança Interna dos EUA anunciou que a Al-Qaeda estaria preparando atentados contra o sistema ferroviário americano para marcar o 10.º aniversário do 11 de Setembro.
A informação mostra que o terrorista parecia estar envolvido ativamente nas operações da rede, pelo menos até fevereiro de 2010.
Ontem, a sexta-feira de orações no mundo muçulmano foi marcada por várias manifestações em homenagem ao líder da Al-Qaeda. No Cairo, em Istambul e em Quetta, no Paquistão, centenas de pessoas protestaram contra os americanos e convocaram uma jihad contra Washington.
Aproveitando o bom momento, Obama viajou ontem para Fort Campbell, no Estado de Kentucky, para reunir-se com os soldados que participaram da operação que matou Bin Laden (mais informações na página 14).
Na quinta-feira, o presidente, cuja popularidade saltou de 46% para 52%, segundo o instituto Gallup, depositou uma coroa de flores no Marco Zero, em Nova York, local onde ficavam as torres gêmeas destruídas no 11 de Setembro.
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