Um protesto de agricultores no sertão do
Araripe, na manhã de hoje (6), ocupou um trecho da BR-316. A
manifestação serviu para alertar o
governador Eduardo Campos (PSB), que está em visita à região com sua
comitiva, para os graves problemas ocasionados pela falta de chuvas. Com
faixas como “Chega de tanta promessa. Mais de 80% dos rebanhos do Sertão do Araripe já foram dizimados”, os agricultores pressionam o estado por providências urgentes.
O ato foi realizado pela Federação dos
Trabalhadores de Pernambuco (Fetape) junto com os Sindicatos de
Trabalhadores Rurais (STR´s) do Araripe.
“A gente está sendo massacrado. Em
abril nós entregamos ao secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, um
documento com ações para conviver com o semiárido e ele fez muitas
promessas. O milho da Conab que foi prometido é só para os grandes
produtores. No discurso, eles prometeram, mas as coisas não chegam. Por
isso, nós temos que mostrar para o Governo e para a sociedade que somos
vivos, que temos um problema e que sabemos falar”, denunciou o Secretário de Políticas Agrárias da Fetape, Eraldo Souza.
A coordenadora do Conselho Municipal de
Desenvolvimento Rural Sustentável de Santa Filomena, Merivânia da Silva
Barros, lembra que a situação por lá é agravante pela falta de
reservatórios de água. “Nosso município passa hoje por uma situação
muito grave, onde muitos animais já estão morrendo, pessoas já estão
passando sede por não ter água nos reservatórios que abasteciam a
cidade. Muitos produtores já venderam seus animais e os que ainda têm
rebanho não conseguem comercializar porque os animais estão fora do
padrão”, frisou.
Reivindicações
Dentre as principais reivindicações dos
manifestantes estão uma maior agilidade na liberação dos créditos
emergenciais, ampliação do programa Chapéu de Palha, melhoramento no
abastecimento d’água por meio de carros-pipa e liberação do Pronaf
estiagem. Segundo eles, caso as ações não cheguem, o movimento vai
realizar novos atos e ocupações no sentido de pressionar o Governo para a
causa. O ato durou cerca de três horas causando, um engarrafamento de
pelo menos, seis quilômetros. Para conter os carros, eles queimaram
pneus e colocaram carcaças de animais mortos e mandacarus no meio da
pista. (Fonte/foto: Ascom ONG Caatinga)
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