Autor de pelo menos 18 dos 21 tiros que mataram a juíza Patrícia Acioli
em agosto do ano passado, Sérgio Costa Júnior foi condenado nesta
terça-feira a 21 anos de prisão. Além da acusação por homicídio
triplamente qualificado (18 anos de pena), o júri formado por cinco
homens e duas mulheres também decidiu que houve formação de quadrilha (3 anos) entre todos os 11 policiais
militares envolvidos - acatando a principal tese da acusação e que deve
complicar a defesa dos demais réus, que começam a ser julgados a partir
de janeiro.
Réu confesso, Costa Júnior teve a pena por homicídio reduzida em um
terço. A defesa pedia mais. A acusação, considerava justa a atenuação
mínima, que foi aceita pelo júri. Na leitura da sentença, o juiz
Peterson Barroso Simão, titular da 3ª Vara Criminal, de Niterói,
descreveu o crime como "ápice da covardia" e considerou que o réu
poderia ter contribuído mais com as investigações. "Ele disse muito, mas
poderia dizer muito mais", observou o magistrado. Com a condenação, o
cabo também perde o cargo público.
Diante da confissão prévia do réu, o defensor público Jorge Alexandre
de Castro Mesquita adotou como estratégia a tentativa de convencer os
jurados de que o relato sobre o planejamento e a mecânica da execução da
juíza foram fundamentais na identificação dos onze envolvidos no crime.
Seguindo esta linha, o defensor argumentou que o assassino merecia ser
beneficiado com a redução máxima prevista pela delação premiada, de dois
terços da pena. "Sem a confissão e a delação, seriam três acusados.
Hoje, temos 11", argumentou.
veja.abril.com.br
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