Nascido em 15 de dezembro de 1907, ficou famoso pelos projetos que se
tornaram cartão-postal de Belo Horizonte, no bairro da Pampulha, nos
anos 1940, e de Brasília, dez anos mais tarde, com a construção da nova
capital federal.
Com obras espalhadas pelo mundo e considerado um dos artistas
brasileiros mais reconhecidos no exterior, recebeu o prêmio Pritzker de
Arquitetura em 1987 e o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza
em 1996, entre muitos outros.
Em harmonia com sua paisagem natal, o arquiteto chegou a
confessar que o ângulo reto não o atraia, "nem a linha reta, dura,
inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual,
a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos
seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida".
Em nota, a presidente Dilma Rousseff afirmou que com o morte de Niemeyer o Brasil perdeu "um dos seus gênios".
"A sua história não cabe nas pranchetas. Niemeyer foi um
revolucionário, o mentor de uma nova arquitetura, bonita, lógica e, como
ele mesmo definia, inventiva. O Brasil perdeu hoje um dos seus gênios. É
dia de chorar sua morte. É dia de saudar sua vida."
O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, decretou três dias de luto oficial no Estado.
A Presidência da República informou que o corpo de Niemeyer será
velado no Palácio do Planalto, em Brasília, na tarde de quinta-feira.
(Reportagem de Maria Pia Palermo e Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário