Os funcionários dos Correios em Pernambuco resolveram aderir à greve
que a categoria já faz em cinco estados brasileiros. A decisão foi
tomada em assembleia encerrada agora à noite e vale a partir das 8h
desta sexta-feira (13). Os trabalhadores já estão de braços cruzados no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
De acordo com Jorge José Santos, diretor do Sindicato do Trabalhadores
dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE), cerca de 2 mil
trabalhadores devem cruzar os braços, em uma adesão estimada em 80% da
categoria no estado. "Vamos parar por tempo indeterminado. Os serviços
de entrega e a parte operacional das agências serão afetados", informou o
dirigente.
Entre as reivindicações, os funcionários pedem reajuste de 10% no piso
salarial da categoria, reposição da inflação, aumento real de 6% e a
manutenção do atual convênio médico. "Tivemos poucos avanços nas
negociações. Mais do que a questão salarial, o que queremos é a
manutenção do plano de saúde como ele sempre foi, sem desconto mensal",
aponta Santos.
Em Pernambuco, os Correios têm atualmente aproximadamente 3.900
funcionários ecetistas. "Precisaríamos de mais pessoas para a área
operacional. Faz parte do pleito nacional a questão da contratação. Se
você for analisar os correios do exterior, eles têm mais funcionários do
que nós. A França, que é muito menor em área, possui mais funcionários.
Além disso, pedimos a questão de segurança nas agências. Temos uma que
foi assaltada seis vezes, em seis meses", ressalta o diretor.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa dos Correios em Pernambuco
informou que está adotando ações preventivas, a fim de que o serviço
seja mantido durante a paralisação dos trabalhadores, e que está aberto a
negociações. Os Correios afirmaram ter oferecido reajuste de 5,27%
sobre salários e benefícios, além de manutenção dos benefícios
constantes no acordo vigente, incluindo assistência
médico/hospitalar/odontológica. Ainda segundo a nota, o impacto dos
itens econômicos das entidades sindicais é impraticável, sendo maior que
a arrecadação da instituição.
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