A família do adolescente gay Kaique Augusto dos Santos, de 17 anos,
encontrado morto em 11 de janeiro sob o Viaduto Nove de Julho, no Centro
de São Paulo,
disse nesta terça-feira (21) estar convencida de que ele se matou. Os
parentes contestavam a versão da polícia, que registrou o caso como
suicídio, e cobravam a investigação da morte.
O advogado Ademar Gomes, que representa a mãe do jovem, disse que a
família não irá mais contestar a versão oficial. Inicialmente, os
parentes suspeitavam de um crime de homofobia porque o corpo estava sem
os dentes e tinha marcas que pareciam de espancamento. "A polícia agiu
corretamente por registrar o caso como suicídio, pois não tinha indícios
de que era um homicídio. Registrou como suicídio e continuou
investigando", afirmou Gomes em entrevista nesta terça-feira.
A cabeleireira Isabel Cristina Batista, mãe de Kaique, afirmou que não
suspeitava da depressão do filho, mas chegou à conclusão de que o
adolescente se suicidou. "Nunca rejeitei meu filho", disse. "Se tivesse
conhecimento, tentaria solucionar."
O diário de Kaique é o principal indício de que a causa da morte foi um
suicídio, mas, segundo o advogado Ademar Gomes, conversas com
testemunhas e a investigação policial também indicam que Kaique não foi
assassinado. "Ele demonstra [em seu diário] uma tendência ao suicídio",
afirmou. ( Fonte: G1)
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