Uma
Prá Mim, Uma Prá Tu
R$
26 bilhões. Esse é o custo da Copa de 2014, de acordo com a última atualização
da Matriz de Responsabilidades, documento que reúne todas as intervenções
relacionadas com o Mundial a cargo do governo federal, dos governos estaduais e
cidades-sede. A lista tem de obras em estádios a projetos na área de turismo,
passando por telecomunicações, portos e segurança, entre outros, formando um
quadro completo.
No
entanto, esse valor está defasado (há estimativas de que, no final, a conta baterá-nos
R$ 30 bilhões). Isso porque a última atualização da Matriz foi feita em
setembro do ano passado – teve uma atualização em novembro, basicamente para a
retirada do documento de obras que não ficarão prontas até a Copa.
Dessa
maneira, não entrou no cálculo despesas como as com as estruturas temporárias,
exigência da Fifa para todas as arenas do Mundial. Em média, o custo vai ser R$
40 milhões por estádio, a serem gastos com itens diversos, entre eles aluguel
de tendas, aparelhos de raios-X e implantação do sistema de tecnologia de
informação.
Essa
é uma das pendências na preparação para a Copa. A 100 dias de a bola rolar, a
maior parte das cidades ainda não viabilizou a aquisição de materiais e
equipamentos que compõem o aparato das temporárias. Pior, em alguns casos ainda
há discussão para definir quem vai pagar a conta.
É
o caso de São Paulo. Por contrato, a obrigação de arcar com os custos – R$ 43
milhões, de acordo com orçamento apresentado em 20 de janeiro por Andrés
Sanchez ao prefeito Fernando Haddad e ao secretário-geral da Fifa, Jérôme
Valcke – é do Corinthians, o dono da arena.
Prefeitura
e governo estadual contribuirão com instalações físicas e materiais para as
temporárias no estádio em Itaquera, mas os cerca de R$ 39 milhões que terão de
ser gastos com itens como tendas, cabos óticos e aluguel de geradores deverão
ficar a cargo do clube. O Corinthians busca parcerias para viabilizar as
temporárias.
O
problema é que o tempo está passando, no caso do Itaquerão, a Arena
Corinthians, e de várias outras, e o atraso pode comprometer a qualidade de
alguns sistemas e equipamentos que serão instalados. Segundo especialistas da
área, por exemplo, são necessários 120 dias para instalar toda a infraestrutura
de telecomunicações (antenas, cabos, roteadores e vários outros itens). Até
agora, nenhum dos 12 estádios teve o sistema instalado.
PELA
METADE - Há obras complexas por fazer, mas até intervenções simples estão
atrasados. É o caso das obras no entorno da Beira-Rio, em Porto Alegre.
Basicamente, é preciso fazer a pavimentação das vias, pequenas, mas ainda não
foi feita sequer a licitação – o primeiro edital não teve interessados. Com
isso, há o risco de a obra acabar durante a Copa (o prazo de execução é de
quatro meses).
(Fonte: Agência Estado*).
(Fonte: Agência Estado*).
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