Na tarde de hoje, minha sobrinha de
três aninhos, Ana Júlia, que tenho como filha, sofreu uma queda e bateu a
cabeça. Como ela ficou reclamando de dores, por volta das 14h levamos para o
Hospital Regional Emília Câmara, porém, na hora que descemos do carro, uma
enfermeira (ou técnica de enfermagem, não vi direito) já foi dizendo:
"Leve para outro lugar, que aqui não tem médico". Ligamos para
algumas clínicas e fomos informados também que não havia atendimento.
Pergunto: Onde estavam os médicos que
deveriam ficar de plantão aos domingos no HR? Será que no domingo ninguém
adoece? Ninguém precisa de atendimento? Será que são descontados dos salários
os dias que esses irresponsáveis faltam? Isso é uma safadeza!
Cadê os responsáveis que não fazem
nada? Até quando determinados médicos/as escalados/as para trabalhar nos finais
de semana, simplesmente irão continuar faltando? Rindo da sociedade? Se não
querem trabalhar, por que permanecem aqui? Para ganhar dinheiro? Não querem
trabalhar no domingo, mudem de profissão.
Acho engraçado quem fica criticando
os médicos cubanos que trabalham no Brasil, e esquecem que são eles e uns
poucos outros que em momentos de tragédias, de desastres, levam auxílio
humanitário, que ficam quando todos se vão, que lutam contra as epidemias.
Tenho certeza que se eles trabalhassem nos hospitais brasileiros não seriam tão
negligentes.
Ouço com freqüência depoimentos de
pessoas simples, pobres, falando como são bem atendidas pelos profissionais do
Mais Médicos, dizem como eles são diferentes, escutam o que a pessoa diz,
perguntam, examinam, olham no olho. Isso é tratamento humanizado, e é disso que
precisamos.
Só para embasar o que digo, outro dia
paguei uma consulta caríssima em determinada clínica de Afogados, e o Dr.
Fulano sequer se virou da cadeira para olhar pra mim. Perguntou o que eu tinha,
eu disse, e ele rabiscou uma receita, me entregou e pronto. Não perguntou mais
nada, não quis saber de nada. Naquele dia me senti desrespeitada, como
paciente, como pessoa, como gente. Imaginem então como as coisas funcionam no
serviço público? Se particular é assim, público então...
Graças a Deus Juju está bem, mas, e
se tivesse sido algo mais sério? Teria sido necessário sair às pressas para
Serra Talhada, Arcoverde, Caruaru, Recife? Isso é um absurdo. Aposto que se
cada pessoa que se sentisse prejudicada, desrespeitada com a negligência no
serviço público desse país processasse o Estado, as coisas se resolveriam.
Juliana Lima
(87) 3831 2385 | 9810 4236 | 9114 1154
Skype:julianalimalocutora
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