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terça-feira, 10 de março de 2015

CHESF COBRA R$ 1,1 BI À UNIÃO.


A Eletrobrás enviou ao mercado um comunicado informando que a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) tem a receber R$ 1,1 bilhão sobre os ativos da transmissão (que incluem as linhas e as substações) existentes em 31 de maio de 2000. O recebimento desses recursos são para compensar o patrimônio que a Chesf perdeu em decorrência da Medida Provisória 579. A iniciativa fez com a que a Chesf passasse uma parte dos ativos (investimentos já realizados) da empresa para o governo federal em troca da prorrogação das concessões das hidrelétricas, que venciam em 2015. A Eletrobrás é a dona da Chesf.

A MP 579 depois se transformou na lei 12.783/13 e é quase sinônimo de piada no setor elétrico. Isso por que o seu objetivo era diminuir o preço de venda da energia gerada por algumas estatais, como a Chesf, e fazer baixar em 16% a conta de luz de todos os brasileiros. O governo federal só esqueceu que o Brasil é um País que depende das chuvas para ter energia. Não choveu, o preço da energia disparou e o consumidor voltou a pagar mais. Na época, o preço da energia vendida pela Chesf teve uma redução de 56%, o que fez a empresa implantar um programa de redução de despesas e de pessoal.

O pagamento desses ativos seria para compensar a queda da receita e fazer com que a Chesf tivesse recursos para continuar seus investimentos.

O laudo que aponta que a estatal tem R$ 1,1 bilhão a receber foi elaborado pela Deloitte Touche Tohmatsu Consultores. Ao ser procurada ontem pela reportagem do JC, a assessoria de imprensa da Chesf informou que, por ser uma empresa de capital aberto, tem que atender ás regras estabelecidas pelo mercado e, por isso, não pode se pronunciar sobre o referido assunto até o próximo dia 27, quando deve ser publicado o balanço da empresa do ano passado.

A compra desses ativos pelo governo foi bastante criticado por técnicos do setor. Eles alegam que o governo federal adquiriu esse patrimônio por um preço muito mais baixo do que os seus valores de mercado, com a finalidade de desestruturar a Chesf.

Agora, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá aprovar o laudo, no prazo de cinco meses, para que o valor chegue à estatal. A apresentação do laudo é uma das exigências da lei 12.783/2013.

Fonte: Caderno de Economia – Jornal do Comercio.

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