Ministros próximos de Dilma e de Lula tentaram
convencer o ex-presidente a aceitar a oferta
(congresochile/ Flickr)
SÃO PAULO – Dilma Rousseff
aceitou oferecer um de seus ministérios para o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva para evitar que ele seja preso na Lava Jato por uma decisão do juiz
Sergio Moro. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Ministros próximos de
Dilma e de Lula tentaram convencer o ex-presidente a aceitar a oferta. Lula
prestou depoimento à Polícia Federal na sexta-feira passada (9) em uma operação
que foi considerada "exagerada" e "desnecessária" pela base
aliada do governo e pelo PT.
Segundo a reportagem, há
fortes temores na cúpula do governo de que as investigações possam tentar levar
Lula à prisão, especialmente após sua condução coercitiva na última sexta-feira
(4).
Ainda segundo a Folha,
Dilma encontrou Lula apenas três dias após visitá-lo em São Bernardo do Campo
(SP), porque "a ficha dela
caiu", segundo um integrante do Palácio do Planalto. "Ela se convenceu que, depois de pegarem
Lula, tentarão pegá-la"
De acordo com o jornal O
Estado de S. Paulo, o ex-presidente estaria resistente à nomeação sob o
argumento de que isso passaria a impressão de confissão de culpa. A eventual
indicação foi debatida em reunião entre Lula, Dilma e ministros no Palácio da
Alvorada na terça-feira (8) à noite.
Caso Lula assuma o comando
de alguma pasta, o STF (Supremo Tribunal Federal) teria que autorizar um
eventual pedido de prisão do ex-presidente. Desta maneira, ele não ficaria nas
mãos de Moro.
“Aumentou no PT a pressão
para que Lula assuma um ministério, para tentar também esboçar uma reação do
governo às arbitrariedades que estão ocorrendo”, disse um amigo do ex-presidente.
Mesmo com as recentes
pressões, a confiança de Lula parece inabalável. A interlocutores, o petista
teria dito:
“a partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem, viro
mártir. E, se me deixarem solto, viro presidente de novo”.
Pesquisa
De acordo com levantamento
do instituto Paraná Pesquisas, divulgado na quinta-feira (3), 68,2% dos
entrevistados entendem que as acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva são verdadeiras, enquanto 18,1% avaliam que se trata apenas de perseguição
política. Os 13,7% restantes não souberam opinar.
Ainda assim, a maioria
(63,1%) não acredita que Lula será preso ao final das investigações. Enquanto
23,7% acham que o petista será preso, 9,5% consideram essa possibilidade.
Fonte:
www.financista.com.br
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