O deputado federal
paraense Wladimir Costa (SD-PA) teve o mandato cassado por unanimidade pelo
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) paraense na manhã desta sexta-feira
(08/07/2016).
A corte eleitoral o acusa
de ter recebido dinheiro "oriundo de fontes não declaradas" para a
campanha dele à Câmara dos Deputados, em 2014. Ele também teria omitido da
Justiça Eleitoral o montante de R$ 410.800 de sua declaração de valores
recebidos para a campanha. A decisão, no entanto, não implica no afastamento
imediato de Costa da Câmara. Isso só poderá ocorrer se ele perder o recurso no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando então seria declarado inelegível por
oito anos, além de perder do mandato.
O advogado do deputado,
Mauro Santos, afirmou à reportagem que acionará o TSE dentro dos próximos 30
dias. "Eu observei alguns erros nessa votação que deixarei para explorar
no recurso ao TSE", disse Santos.
Para ele, contudo, a
relatora do processo, a juíza federal Lucyana Daibes Pereira, que também atua
no tribunal eleitoral, apresentou um voto que foi capaz de convencer os outros
cinco juízes pela cassação do mandato do deputado. "A votação por 6 a 0
sempre representa um problema no julgamento de um recurso ao TSE. Espero que as
falhas sejam determinantes para que o deputado seja absolvido".
Recentemente, Costa
protagonizou dois episódios inusitados na Câmara: no primeiro, durante a
votação para abertura do processo de impeachment contra a presidente afastada
Dilma Rousseff, em abril, apareceu na tribuna enrolado na bandeira do Pará,
além de explodir no local um bastão de confetes.
O segundo ocorreu no mês
passado, durante a votação, na Comissão de Ética da Câmara, pela cassação do
mandato do deputado Eduardo Cunha, de quem ele era ferrenho aliado. Depois de
encaminhar a votação contrária à cassação, o deputado surpreendeu a todos com
seu voto decisivo a favor do afastamento de Cunha.
(Agência Estado)
(Agência Estado)
Fonte:
www.diariodepernambuco.com.br
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