Cerca de quarenta
moradores do Povoado de Santa Rosa, localizado a menos de 04 Km do centro de Carnaíba,
no sertão de Pernambuco, estiveram reunidos na manhã desta terça feira 23, com
Representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco
-FETAPE, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Carnaíba, Representantes da
Prefeitura Municipal e com Francisco Petribu, responsável pelo empreendimento
Cimento Pajeú, da fábrica instalada dentro da comunidade. A pauta discutido foi
a desapropriação dos moradores e as reais situações em que estão convivendo as famílias
com os trabalhos da fábrica.
A prefeitura foi
representada por Sales, da Secretaria de Obras, que logo deixou a reunião
compreendendo que quem deveria participar da reunião seria a Assessoria Jurídica
por ter conhecimento das ações e o poder de decisões dos acordos entre
moradores, fábrica e prefeitura.
O encontro que aconteceu
na capela da comunidade contou ainda com o Presidente
da CUT Carlos Veras que compreendeu a situação da fábrica que não tem culpa
da atual situação de desapropriação das famílias.
Para Francisco Petribu,
representante da fábrica cimento Pajeu, o problema se arrasta desde 2010 quando
foi assinado um acordo com o então prefeito Anchieta Patriota e o ex-governador
Eduardo Campos, haja vista o desejo da fabrica em ser instalada no município de
Flores ou Quixaba, mas que lhe foi oferecido a terra já desapropriada e pronta
para a instalação da fábrica que se isenta de qualquer culpa e
responsabilidades, mesmo assim vem atendendo a demanda de problemas auxiliando
as famílias em várias situações.
Ele afirmou ainda que
quando foi convidado a instalar a fabrica em Carnaíba foram lhe oferecidos pela
prefeitura (na época Anchieta Patriota) um total de 175 hectares de terras para
a instalação da fábrica.
-"Não fui eu que pedi
o sitio Santa Rosa, essa área foi adquirida pela prefeitura em 2010. O então
prefeito nunca se reuniu com a fabrica e com os moradores para explicar a
situação, fazendo a empresa entrar em conflito com os moradores". Disse
Francisco Petribu.
Diante de todos os
responsáveis pela empresa ainda destacou: -"Se hoje eu pudesse tirar a
fábrica de Caraíba e por em outro lugar eu tiraria. Não quero causar desconforto
a ninguém. Quero que seja resolvido tudo afinal de contas foram repassados para
a prefeitura o valor de R$ 350.000,00 (Trezentos e cinqüenta mil reais)~."
Concluiu, reafirmando que foram para indenizações e esse o valor não chegou a
ser repassado aos moradores.
Carlos Veras pediu para
que a Assessoria Jurídica da FETAPE acionasse judicialmente a prefeitura para
esclarecimentos do destino do valor repassado pelo governo do estado para
indenizações, o que foi atendido pelo advogado Dr. Pascoal.
Também faltou a reunião
além da Assessoria Jurídica do município, a Promotoria Pública.
Fonte:
www.blogdocauerodrigues.com
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