Carlos
Brickmann
É um perigo esquecer os
bons resultados da ingratidão. Mas é um perigo, também, esquecer a força de retaliação
de um aliado ferido.
Cunha se candidatou à
Presidência da Câmara pelo PMDB, partido aliado a Dilma. Ela tentou derrubá-lo,
ele reagiu: fez passar algumas medidas de alto custo, às quais Dilma se opunha.
Quiseram cassá-lo, e ele deixou claro que, se o PT votasse por sua cassação,
ele movimentaria o pedido de impeachment que estava parado em sua mesa. O PT
votou contra ele, ele liberou o impeachment.
Dilma e Cunha caíram
juntos.
Segundo o jornal Valor,
Cunha disse a seus advogados que quer falar. Um dos advogados, Marlus Arns, já
intermediou processos de delação premiada. OK, ele pode deixar mal vários
deputados do baixo clero, mas isso não lhe daria o que quer: que os promotores
esqueçam sua mulher e sua filha.
Já o colar de alho, a
estaca de madeira, a água benta e a terra consagrada que liquidariam Michel
Temer, já isso vale muito mais.
Fonte:
www.blogdomagno.com.br
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