Ontem, o blog noticiou que
o prefeito Sebastião Dias e sua equipe teriam reunido personalidades da
cultura, arrumado uma orquestra e mostrado para a reportagem da TV Asa Branca um carnaval bem diferente do divulgado na programação oficial.
Claro, a reportagem teve
repercussão e não foram poucas as pessoas que questionaram o desvirtuamento da
festa de momo justamente em uma cidade gerida por alguém que tem como maior
característica a carga cultural que carrega. É como se o autor de “Conselho ao
Filho Adulto”, abrisse mão dos valores que carrega consigo para ajudar a
propagar contra-valores em uma festa tão nossa.
Mas cabe uma correção: a
organização que trouxe uma orquestra de frevo para as ruas da Cidade das
Tradições nada teve haver com Sebastião ou qualquer membro da sua equipe. Foi
organizada pela Associação dos Poetas e Prosadores de Tabira, a respeitada
APPTA, como um gesto de resistência cultural.
Representantes
da APPTA como Verônica Sobral e Genicleide Soares
registram que o encontro com frevo foi ideia da Associação, especificamente do
poeta e professor Genildo Santana,
para depois da missa de domingo. Sebastião Dias estava no meio da festa porque
como poeta integra a Associação, assim como Dedé Monteiro e outros. Foi uma caminhada poética no carnaval.
O gesto da APPTA só
reforça a necessidade de inversão de valores. Do movimento cultural mais rico
de Tabira sai o único sopro de culturalidade do carnaval. Faria bem a Tabira e
à festa que, invertendo os papeis, saísse do movimento cultural tabirense o
direito de participar da discussão em torno do carnaval. Se um gesto desses
ganhou espaço na TV, o que não faria um carnaval mais multicultural na Cidade
das Tradições? Porque, como está o carnaval de Tabira não aparece na TV…
Fonte: nilljunior.com.br
Fonte: nilljunior.com.br
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